A mesa aguarda a presença dos membros do Conselho Fiscal para dar início à prestação de contas.
O plenário está meio vazio, meio cheio. As delegações passaram a noite ansiosas por conta da inscrição das chapas para a Direção Nacional da FASUBRA.
As direções dos coletivos passaram a noite em discussões, avaliando a correlação de forças e a possibilidade de unificação.
Havia vários cenários possíveis. Entre eles, o mais favorável para nós, trabalhadores, era uma divisão entre as forças ligadas aos partidos governantes. E o maior risco para a esquerda era a divisão de suas próprias forças. Se cedêssemos às provocações e intrigas de segmentos inconsequentes da oposição ao governo, teríamos entrado numa perigosa vereda, com um cenário nada improvável de três chapas de oposição ao governismo…
Felizmente, a política da frente BASE –e da maioria do Vamos à Luta (entre eles não havia unanimidade)– acabou triunfando: fechamos a chapa unificada da esquerda, a Chapa 1: Unificar pra Lutar!
Refletindo seu isolamento e com um forte senso do perigo iminente, as correntes governistas também se uniram: para eles, trata-se de minorar os efeitos da derrota.
Em breve, essas duas chapas serão novamente confrontadas. Temos uma pequena vantagem, de cerca de 40 votos.
Agora, é preciso que você, trabalhador que veio ao congresso na delegação do PT (Tribo, Ressignificar, CUT) ou do PCdoB (CTB) reflita sobre o que está acontecendo.
Ontem, ocorreu um sinistro espetáculo no antro chamado “Câmara de Deputados”: a traição do governo Dilma é tão cruel e descarada, que o PSDB zombou de todos nós, votando contra as MPs que atacam nossos direitos, como se defendessem os interesses da classe trabalhadora, diante da falência do PT.
É preciso abandonar esse barco de traições, vergonha e confusão. O PT caminha tragicamente para o naufrágio, mas a classe trabalhadora brasileira não precisa e não deve afundar junto com ele.
O voto é secreto. Você pode seguir apenas a sua consciência. Vote Chapa 1. A FASUBRA não deve estar subordinada ao governo.