Técnicas e técnicos da UTFPR foram surpreendidos hoje, dia 1º de setembro, com a publicação de uma Instrução Normativa (28/2021) que dispõe sobre medidas, orientações e procedimentos a serem adotados pela comunidade acadêmica visando ao retorno das atividades presenciais.
A nova IN, considerada problemática pela direção do Sindicato, não faz menção à presença limitada a 30% da capacidade dos ambientes da universidade, definido na IN 109/2020 e alterada pela IN 37/2021 do Ministério da Economia e à situação especial de TAEs que são cuidadores de crianças em idade escolar ou inferior, que coabitem com idosos, pessoas portadoras de deficiência ou que pertençam a algum grupo de risco para a Covid19 – situações nas quais o trabalho remoto deve ser priorizado. O documento também não prevê a possibilidade de home office para servidoras e servidores que utilizam o transporte coletivo público para se deslocar até o trabalho.
“Estamos desde o dia 25 de agosto, data da nossa última assembleia local, tentando uma reunião com a Reitoria para que possamos dar encaminhamento às negociações sobre o retorno ao trabalho presencial na instituição. Houve um contato inicial antes da publicação da última IN (27/2021) que prorrogou as atividades remotas até o dia 10 de setembro, com o compromisso do Reitor para que déssemos continuidade ao debate antes da publicação de uma nova IN”, explica Flávia Cordeiro, coordenadora do Sinditest.
De acordo com a sindicalista, no dia seguinte à realização da assembleia, diretores e diretoras da entidade, além de membros da categoria, participaram de uma reunião com representantes do SINDUTF-PR, sindicato dos docentes da UTFPR, e do DCE, Diretório Central dos Estudantes da UTFPR. O encontro teve como pauta a discussão do tema que afetará a toda a comunidade acadêmica, e por este motivo, precisa de atenção especial e compromisso de encaminhamentos realmente democráticos por parte da gestão.
“Solicitamos que a reunião com a gestão contasse também com a presença de representantes do Sindutf e DCE, além de membros da comissão eleita na última assembleia local. No entanto, não tivemos resposta ao ofício enviado e, nos chegou a proposta para que a reunião fosse realizada presencialmente, ao que solicitamos que pudesse ser realizada de forma remota, visto a situação da pandemia, ausência do ciclo de imunização completo dos envolvidos e dificuldades no deslocamento até Curitiba de membros da comissão e representantes das entidades representativas”, afirma Flávia.
Sindicato reivindica diálogo com a Reitoria
Diante desta situação, o Sinditest reitera a necessidade de discussão junto à categoria sobre as diretrizes que serão adotadas pela instituição a respeito do retorno das atividades presenciais bem como sobre a terceirização de cargos de secretaria. “Que tenhamos uma possibilidade de diálogo, almejando que pautas tão importantes sejam decididas com a real participação democrática da comunidade universitária”, finaliza a coordenadora.
