Na manhã de ontem (10), coordenadores do Sinditest-PR – Evandro Castagna, Elis Regina Ribas e Avelino Domingos – participaram de uma reunião com a Direção de Gestão de Pessoas da UTFPR (DIRGEP). Em pauta, os cortes no Adicional de Insalubridade dos Técnicos de Laboratório. O assunto, prioritário para a gestão do Sindicato, já havia sido introduzido na primeira agenda com o Reitor Marcos Schiefler, realizada na semana passada.
Após as discussões, a diretora adjunta da DIRGEP, Kelly Cristine Milanez, se comprometeu a realizar uma série de reuniões com técnicos em cada campi da Universidade. Os encontros visam ouvir os questionamentos das trabalhadoras e trabalhadores afetados. O cronograma da iniciativa será divulgado em breve. Cinthia Marie Ota, Secretaria de Benefícios e Qualidade de Vida, também contribuiu com o debate.
“Solicitamos aos técnicos de laboratório que fiquem atentos ao calendário das reuniões que acontecerão nos meses de agosto e setembro”, destacou a coordenadora Elis Regina.
Entenda o problema
De acordo com a Engenheira de Segurança do Trabalho da Universidade, Bianca Capelletti, a suspensão do benefício foi realizada a partir de relatórios fornecidos por uma empresa privada, contratada para avaliar agentes quantitativos. Já a análise qualitativa é executada pela própria UTFPR.
Atualmente a instituição não possui laudos para Cornélio Procópio, Londrina, Campo Mourão e Apucarana. No entanto, pela ausência da avaliação, técnicas e técnicos que atuam nestes campi estão há mais de quatro anos sem receber a compensação, embora executem as mesmas tarefas de outros colegas que recebem.
“Quem se sentir prejudicado deve entrar em contato com o Sindicato urgente. Vamos entrar com medidas para garantir os direitos da nossa categoria”, afirmou Castagna, coordenador-geral da entidade.
Nos outros campi, as reclamações são inúmeras e contemplam desde a falta de informação sobre os relatórios até a ausência de participação dos técnicos na construção dos documentos. Os trabalhadores e trabalhadoras também se queixam da demora de respostas aos questionamentos via SEI sobre a metodologia adotada nos laudos e seus resultados, além da ausência de EPIs e da realização de exames periódicos. Alguns trabalhadores também alegaram problemas de periculosidade que precisam ser analisados.
No entendimento da diretoria do Sindicato, a situação é grave. “Falta contratação de profissionais para garantir um atendimento qualificado. Temos apenas uma Engenheira de Segurança do Trabalho na instituição e não existem Técnicos de Segurança do Trabalho em nenhum dos campi. É fundamental a abertura de vagas para que seja implementada de fato uma política de Segurança do Trabalho, que atualmente inexiste na UTFPR”, ressaltou Castagna.
A gestão sindical, amparada pelo departamento jurídico, acompanha de perto essa situação.
Assédio Moral
O tema do assédio moral também foi abordado durante a reunião. Técnicos de Laboratórios estão denunciando ao Sindicato que a concessão do adicional de insalubridade está sendo usada como forma de pressão para sobrecarga de atividades.
Neste ponto a gestão sugeriu que os colegas procurem o canal de diálogo através da Comissão de Ética da instituição para, anonimamente, se preferirem, abordar estas situações que são graves e precisam de uma solução.