UTFPR: Apesar da rejeição dos TAEs, Reitoria mantém processo de terceirização para o campus Curitiba.

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Em reunião realizada com a Reitoria da UTFPR nesta segunda-feira (03), diretoras e diretores do Sinditest, além de representantes da categoria no COUNI, discutiram dois temas urgentes à base: a avaliação do processo de debate e consulta nos campi sobre a terceirização do cargo de Secretária Técnica e o retorno do trabalho remoto a partir da IN 90. Confira abaixo os encaminhamentos!

Terceirização

Conforme o deliberado anteriormente pela base, o Sinditest manifestou à Reitoria que a categoria dos TAEs foi contundente em rejeitar em todas as enquetes construídas pelo Sindicato, com mais de 80% de rejeição, e por mais de 96% dos votos da assembleia, tanto a terceirização, quanto a contratação de Secretária Técnica.

“Essa contratação ameaça nosso plano de carreira, sendo que as atribuições dessa função são as mesmas exercidas por Assistentes em Administração, que são de nível médio (D). Algumas intervenções da gestão demonstraram desconhecimento sobre as atribuições dos Assistentes em Administração e, inclusive, do grau de escolaridade exigido pela função, externando erroneamente que seriam de nível superior. É preciso parar este processo”, esclareceu a Coordenadora Geral do Sinditest, Mariane Siqueira.

Nesse sentido, a proposta apresentada pelo Sindicato foi a exclusão imediata do processo de terceirização e a construção de um processo de luta política para abertura de vaga por Concurso Público. Essa luta teria que envolver toda a representação da comunidade acadêmica (sindicatos, DCEs e Reitoria) e políticos do estado (deputados, senadores, prefeitos e governador), através de reuniões e Audiências Públicas com o objetivo de apresentar a situação atual da UTFPR e exigir a tomada de providências por parte do governo federal.

No entanto, a Reitoria optou por dar prosseguimento ao processo de contratação de empresa terceirizada para o cargo de Secretária Executiva exclusivamente para o campus de Curitiba. Neste campus, o Sindicato realizou um processo de consulta em que a maioria dos TAEs também foram contra a terceirização.

“Diante dessa situação solicitamos que ao menos tais contratações fossem discutidas em reunião do COUNI, para que a comunidade acadêmica, através de seus representantes conselheiros, pudesse opinar. A gestão ficou de analisar a proposta e nos dar uma resposta o quanto antes”, finaliza Mariane.

Retorno ao trabalho presencial

Segundo a gestão da Universidade uma atualização na próxima Instrução Normativa da instituição será construída tendo como base as novas orientações da IN 90, do governo federal. Sendo assim, trabalhadoras e trabalhadores com comorbidades, inclusive fumantes, poderão solicitar a manutenção do trabalho remoto a partir do dia 15 de outubro através de documentação comprobatória.

Durante a reunião, o Sindicato ressaltou ainda a necessidade da implementação de medidas de cuidado e proteção individual mais efetivas, sugerindo à entidade a aquisição e distribuição de cinco máscaras PFF2 por mês para cada TAE em trabalho presencial, com reposição de dois em dois meses.

“As máscaras PFF2 podem ser reutilizadas, desde que fiquem em repouso por 72 horas. Elas também são mais seguras em comparação a outros materiais. Entendemos que a UTFPR deve arcar com o custo deste material. Também sugerimos a adoção do projeto de máscaras biodegradáveis do campus Londrina. A Reitoria ficou de analisar a proposta”, explica Mariane.

Por fim, as diretoras e diretores sindicais relataram que a proibição da utilização de ar-condicionado acabou gerando motivo de desconforto no trabalho nas cidades em que a temperatura é maior. Essa situação ficou de ser flexibilizada na próxima IN.

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