Dia histórico para as técnicas e técnicos de Biológicas da UFPR. Foi aprovado ontem (09) pelo Conselho Setorial o processo de consulta à comunidade para escolha da Direção do Setor. A iniciativa, primeiro passo em mais de 75 anos para o reconhecimento da categoria, assegura que individualmente o peso do voto técnico seja equivalente aos dos demais servidores docentes. Como disseram alguns Conselheiros: “somos todos servidores”.
Assim, a Biológicas se soma a outros 12 setores e campi avançados que já reconhecem o voto dos técnicos, quer pela paridade entre os componentes da comunidade (TAEs, docentes e discentes) como já é para Reitor, quer pela união das categorias docentes e técnicos como “categoria de servidores”.
“Embora a paridade ainda não tenha sido conquistada, o reconhecimento do peso do voto de TAEs é um marco histórico para a categoria no setor. Os técnicos e técnicas são parte fundamental da UFPR. Sem nós a universidade não funciona. Nada mais justo que nos processos decisórios, como a escolha de seus quadros diretores, nosso peso na hora do voto seja valorado. Temos o objetivo de conquistar a paridade de 33% para TAEs, discentes e docentes. Avançamos, mas ainda há muito que lutar para atingir a valorização e respeito que merecemos. Seguiremos nesta luta”, reforçou a coordenadora de Organização por Local de Trabalho (OLT) do Sinditest-PR Elis Regina Ribas, que é também técnica lotada na Biológicas.
Como funcionará o processo
O processo de consulta tem que seguir para os seus conselhos setoriais, onde é mantida a proporção legal de 70% docentes, 15% TAEs e 15% discentes, que irão referendar ou não os nomes que a comunidade indicou. Em geral, os conselhos acolhem o resultado da consulta e formam o colégio eleitoral que encaminha as listas tríplices à instância superior (Reitor).
“A consulta paritária é uma conquista praticada em quase todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Nestas, após realizada a consulta, encaminha-se uma lista tríplice ao Conselho Universitário, prevalecendo a democracia através do respeito e reconhecimento da chapa mais votada pela comunidade acadêmica. A paridade é uma conquista democrática em relação ao sistema 70-15-15, pois a vontade da maioria é considerada na Escolha do Reitores ou Reitoras pelos Colégios Eleitorais constituídos nos Conselhos Universitários. Contudo, sabemos que é necessário avançar para o voto universal nas IFES, como ocorre nas eleições brasileiras. Por isso, o esforço das técnicas e técnicos da Biológicas que tiveram sua demanda, de certa forma, acolhida parcialmente pela Direção Setorial, precisa ser valorizado. Foi muito importante o apoio dos conselheiros professores e alunos, que se sensibilizaram pela necessidade de ampliar a democracia no setor”, finalizou Marcello Locatelli, coordenador jurídico do Sindicato.