Em 22 de abril, os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovaram por ampla maioria o indicativo de greve da categoria sem data definida durante a Assembleia Geral Extraordinária da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), realizada na sede da entidade.
A proposta debatida conforme a agenda do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) para a mobilização nacional da categoria junto ao movimento de greve dos Servidores Públicos Federais (SPFs) para este ano.
Para definir as estratégias do movimento, a plenária aprovou por unanimidade a criação de comissão construção da greve e mobilização da categoria. Dentre as estratégias está a realização de reuniões nos setores da UFPR, para as quais serão convidadas também outras entidades dos SPFs.
Para compor a comissão foram aprovados os seguintes nomes: Adriana Hessel Dalagassa, Afonso Takao Murata, André Pietsch Lima, Claus Germer, Lafaiete Neves, Maria Suely Soares, Melissa de Almeida, Milena Maria Costa Martinez, Ricardo Pazello, Rogério Gomes e Vitor Marcel Schühli.
Mobilização
Nos debates foi destacada a conjuntura política deste período pós-eleitoral. Segundo os docentes, o país enfrenta um período de polarização de dois grupos políticos e não dos trabalhadores e do capital – diante disso, a principal prejudicada é a população.
Com a intensificação das medidas que prejudicam o funcionalismo, com os cortes de recursos para o serviço público, com a ameaça de terceirização das atividades-fim e com a ampla retirada de direitos dos trabalhadores, o caminho apontado foi a mobilização dos docentes junto aos SPFs.
“Não temos medidas e projetos do governo para ampliar os recursos e a qualidade dos serviços públicos, mas sim cortes nos direitos sociais e trabalhistas. A única saída para defendermos os nossos direitos e lutarmos contra o retrocesso é unificar nossas forças e reivindicar”, destaca o presidente da APUFPR-SSind, João Negrão.
Diante da conjuntura, os docentes aprovaram por unanimidade a articulação dos movimentos progressistas em torno das pautas amplas, a integração do calendário nacional de luta contra a terceirização à agenda de mobilizações dos docentes do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN.
Os docentes aprovaram, ainda, o indicativo de paralisação em dias de negociação da categoria docente com o governo federal e nos dias estabelecidos pelas centrais sindicais para a luta contra o projeto de terceirização e os ataques aos direitos dos trabalhadores.
Fonte: APUFPR-SSIND