A greve nacional das técnicas e técnicos administrativos em educação completa dois meses nesta semana. Desde o dia 11 de março, TAEs de todo o país, insatisfeitos com a atual condição dos salários e da carreira, estão mobilizados nas instituições federais de ensino em uma luta justa.
A paralisação dos TAES cresceu vertiginosamente, servindo de inspiração para outras categorias, e no último mês, docentes e estudantes aderiram à greve nacional em uma mobilização unificada da educação federal.
Com a interrupção das atividades desempenhadas pelas técnicas e técnicos e o cancelamento de aulas na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a manutenção do calendário acadêmico tornou-se um grande desafio na instituição e a suspensão do calendário tem sido amplamente debatida entre as classes.
O Comando de Greve dos técnicos administrativos em educação, docentes e estudantes da UFPR considera inviável manter o calendário neste cenário, pois enquanto não houver uma proposta do governo compatível com as perdas da categoria, não há previsão de desfecho da greve. Apesar da posição, não é o Comando de Greve, tampouco o Ministério Público Federal, quem decide. A suspensão do calendário acadêmico cabe exclusivamente ao Conselho Universitário (COUN).
No entanto, o futuro da educação na UFPR também disputa espaço nos conselhos deliberativos com a eleição para reitora e reitor. Assim sendo, o Comando Local de Greve e o Sinditest-PR avaliam que é este um assunto de extrema urgência para toda a comunidade acadêmica. Portanto, em nome das técnicas e técnicos administrativos em educação (TAEs) da base, solicitou aos reitoráveis, Graciela Bolzon e vice Alexandre Trovon; Marcos Sunye e vice Camila Fachin; e Fernando Mezzadri e vice Cristina Rodrigues; um posicionamento sobre a suspensão do calendário acadêmico (se favorável ou contrário), que será pautado na próxima sessão deliberativa do COUN.
É fundamental entender como o futuro reitor ou reitora, e vice, reconhecem a luta de quem constrói a universidade, apenas o candidato Fernando Mezzadri e vice Cristina Rodrigues retornaram a solicitação do Comando Local de Greve e do Sinditest-PR, antes do início da reunião convocada e não deliberativa do Conselho Universitário, que iniciou as discussões sobre a suspensão do calendário. Em ofício, os candidatos responderam:
“Somos favoráveis às pautas da greve, respeitamos e apoiamos as decisões tomadas em foros democráticos e representativos. Entendemos que a suspensão do calendário depende de análise e deliberação dos Conselhos Superiores”.
Embora, Fernando e Cristina tenham dado um parecer positivo ao movimento paredista, o posicionamento sobre a suspensão do calendário ainda é indefinido.
Em tempo antes do prosseguimento das discussões que se estenderam no COUN (10/05) não deliberativo, a chapa Sunye e Camila se pronuncio dizendo que:
“Entendem que a decisão do Conselho Universitário deveria ter acontecido na semana passada, que a demora na decisão deixa toda a comunidade apreensiva e prejudica os alunos. Também são veementementes contra a realização de um COUN não deliberativo, em função de uma orientação do MPF sem fundamento jurídico e abusivo.”
O Comando de Greve e o Sinditest-PR lamentam que os reitoráveis Graciela e Alexandre não tenham se pronunciado sobre a suspensão do calendário acadêmico, como solicitado pelas representações da categoria.