Trabalhadores(as) da FUNPAR aprovaram por unanimidade a proposta patronal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2018 em assembleia da categoria realizada na manhã desta terça-feira (20), no Hospital de Clínicas. O aumento salarial será de 6%: 3,99% da inflação mais 2,01% de ganho real. O Vale Alimentação terá acréscimo de 15%.
Cláusulas Sociais
Houve muito avanço nas cláusulas sociais. Através da negociação da comissão obreira com a patronal, os(as) trabalhadores(as) conquistaram:
– Estabilidade pré-aposentadoria de três anos nos limites da decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT);
– 40 horas de liberação para assembleia;
– Aumento do prazo de entrega do atestado médico de três para cinco dias;
– Possibilidade de entrega do atestado por terceiros(as);
– Realização de plantões da equipe do SESMT duas vezes por semana no HC;
– Um dia inteiro de folga em dias de greve parcial ou geral dos ônibus;
– Adicional de férias em atraso: o(a) trabalhador(a) poderá optar por remarcar seu período de descanso, caso o pagamento não tenha saído no prazo correto;
– Se a opção for por gozar as férias, elas serão estendidas na mesma quantidade de dias que o pagamento estiver em atraso;
– Flexibilização do horário de trabalho para trabalhadores(as) que forem estudantes;
– Falta abonada em dia de prova vestibular ou concurso;
– Extensão da licença para cuidar de parentes dependentes para além dos(as) familiares já contemplados(as), desde que informado na ficha cadastral;
– Adicional de periculosidade para trabalhadores(as) do Centro Cirúrgico e da Unidade de Processamento de Materiais Esterilizados (UPME);
– Folga sábado e domingo uma vez por mês para os(as) plantonistas;
– Sala para a realização das reuniões e atividades da CIPA.
União
A trabalhadora e membro da comissão obreira Juçara Oliveira destacou que a união dos(as) funparianos(as) foi fundamental para a conquista de um aumento acima da inflação – o que tem sido raro nas negociações de outras categorias neste momento de crise financeira.
“Não aceitamos essa história de que o Hospital não tem dinheiro. Esse argumento não cabe mais. Nossa estratégia foi mostrar que o HC sempre esteve em crise, desde que foi fundado. Exigimos uma proposta que provasse que a administração valoriza os(as) trabalhadores(as). O reitor se mostrou sensibilizado pelas nossas reivindicações. Disse que assim que colocar a vida financeira do Hospital no rumo, vai dar um olhar mais carinhoso para o pessoal da FUNPAR”, disse Juçara.
A trabalhadora ainda afirmou que acredita que a categoria irá conseguir ficar para além de 2019, porém, a causa exigirá muita luta e união.
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.