Hoje, 14, em assembleia os trabalhadores fundacionais decidiram agitar ainda mais as ações de greve. Amanhã, a partir das 9h, os trabalhadores vão se concentrar no auditório do 7º andar do anexo B do Hospital de Clínicas e na sequência farão um ato de rua para dialogar com a população sobre a paralisação.
Na assembleia realizada no dia 8 de junho, os trabalhadores recusaram a proposta de reajuste de 5,2% e propuseram em contra partida um reajuste de 12,06%, que considera a inflação e um terço das perdas acumuladas.
Desde então, a patronal não apresentou nenhuma proposta. “A FUNPAR está dizendo que não tem como arcar com o aumento, mas em momento algum apresenta qualquer tipo de prova. Não adianta falar aleatoriamente, tem que provar. Nós já pedimos ao desembargador que a FUNPAR apresente seu balanço patrimonial”, salientou a assessora jurídica Josimery Matos Paixão.
Após estudos sobre as perdas e reposições a categoria pediu inicialmente reposição de 20,16%. No entanto, neste momento está flexibilizando o reajuste salarial e não aceita receber menos que a reposição da inflação do período, que beira a 10%. “A gente merece o mínimo necessário que é a inflação, não estamos pedindo 40%, como ganhou o judiciário. Não vamos recuar”, garantiu Ednéia Pereira, integrante da comissão obreira.
A categoria acusa a direção do hospital, a reitoria e a FUNPAR de se abster da responsabilidade mostrando nitidamente que não estão dispostos a negociar. “Estamos entrando na segunda semana de greve e é novamente um momento histórico, é só olhar pra este auditório lotado”, mostrou Rosana Nunes Silva, da comissão obreira. “A FUNPAR que demonstre pro juiz que não pode nos pagar”, completou.
Escalas da greve
Na audiência de conciliação realizada no dia 7 de junho o desembargador Cássio Colombo Filho, determinou que houvesse garantia de funcionamento de serviços essenciais nas UTIs, pronto-atendimento e nas centrais de agendamento e de materiais. Os fundacionais estão cumprindo a exigência, mas relatam hoje que a direção do hospital tem feito manobras e está deslocando trabalhadores para outros setores. “A direção do HC está agindo de má fé”, alertou Josimery.
Varal da Vergonha
Ao final da assembleia de greve os trabalhadores se dirigiram ao hall da direção do hospital e penduraram um varal com suas reinvindicações e denúncias sobre as condições de trabalho. No dia 16, quinta, a categoria vai aderir à paralisação nas universidades federais que acontece em todo o Brasil.
Calendário da GREVE
ATO de RUA da GREVE FUNPAR/HC
15 de junho – Quarta
Concentração às 9 horas, com café da manhã, no auditório do 7º andar do anexo B do HC
Paralisação Nacional nas Universidades
16 de junho – Quinta
Às 10h, no Anfi 100 (Edifício Dom Pedro I – UFPR)