Trabalhadores(as) da base do Sinditest defendem 30 horas no Dia do Basta

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Mesmo com o frio intenso, trabalhadores(as) da base do Sinditest paralisaram suas atividades para dizer não aos retrocessos do governo Temer. A categoria participou das atividades do Dia do Basta, convocado pelas centrais sindicais. O movimento, que é nacional, reivindica a criação de mais empregos, é contra o fim da aposentadoria, repudia as práticas antissindicais e defende a ampliação dos direitos trabalhistas. A adesão à data foi uma deliberação da base em assembleia da categoria.

Em Curitiba, a programação do dia de luta começou cedo, com mobilização às 9 horas em frente ao HC. Servidores(as) de todos os vínculos, incluindo Funpar e EBSERH, protestaram, principalmente, pela manutenção das 30 horas. A categoria também exige a exoneração da chefe da Divisão de Gestão de Pessoas Laryssa Martins Born. Ela responde pela publicação da ordem de serviço que impõe as 40 horas para quem faz hora-extra e APH, sendo a principal responsável pela aplicação das políticas de gestão da EBSERH em todo o hospital.

“Estou aqui solidário ao movimento que o RJU está fazendo, até porque precisamos estar unidos. Enquanto houver divisões nas relações de trabalho quem ganha é o patrão. O que a superintendência do hospital publicou em nota ontem reforça que a partir do momento em que um vínculo está em paralisação, está aderindo a um protesto, o outro está trabalhando em dobro”, afirmou o funcionário da EBSERH José Renato.

Mobilizada, a categoria seguiu em marcha para concentração na Praça 19 de dezembro e se somou ao ato unificado das centrais em frente à FIEP. “Temos ataques específicos na Universidade. Nós técnicos já temos o menor salário das categorias do serviço público federal. Trabalha em educação, trabalha com saúde e é o menor salário. Só isso já bastaria para fazermos o dia de hoje”, declarou Mariane Siqueira, coordenadora da Fasubra e do Sinditest.

O ato das centrais foi marcado pela forte crítica à política de retirada de direitos executada pelo atual governo e também pela insatisfação com o cenário eleitoral. “Qual é a única forma de termos confiança e reconhecimento de novo? É olhar um para cara do outro e dizer nós somos trabalhadores! Nós somos povo sofrido! Nós temos que estar de mãos dadas. Não podemos esperar que a eleição de outubro traga  de volta a esperança. Nós precisamos estar juntos nas lutas. Não precisamos dizer só “Fora Temer”. Para outubro, o “Fora Temer” tem que significar fora todo o programa que está aí. É revogação das reformas, investimento em emprego e saúde novamente, além da recuperação dos investimentos públicos”, completou Mariane.

Técnicos da UFPR, UTFPR, UNILA e HC retornam amanhã aos postos de trabalho e seguem firmes na luta contra a retirada de direitos.

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