Até o dia 11 de janeiro de 2016, os trabalhadores da FUNPAR ainda estão sem salário. Diante da indignição, do desrespeito com que vem sendo tratada, a categoria, em assembleia, decidiu paralisar as atividades até que o pagamento entre na conta.
Também decidiram em assembleia fazer uma passeata até a Reitoria para exigir o cumprimento do Acordo Coletivo da Categoria, que prega o pagamento do salário até o 5º dia útil do mês, bem como, 1/3 das férias e o vale transporte, que desde novembro vem sendo pago fora do prazo.
Com a categoria unida e apoiada pela direção do Sinditest, a Reitoria concordou em receber a comissão permanente, criada em assembleia, para acompanhar bem de perto a questão. Segundo o reitor Zaki Akel e o diretor administrativo da EBSERH, Marcel Weldt, o dinheiro se encontra no banco e que, por questões burocráticas, ainda não está liberado.
Para quem depende do salário para aquisição de alimentos, pagamento de aluguel, luz, água, entre outros, a justificativa apresentada não convenceu ninguém. Na negociação, o reitor se comprometeu a resolver a situação até, no máximo, quarta-feira, 13. Este prazo vale para os trabalhadores que têm conta nos Bancos Itaú ou na Caixa Econômica. Escaldados de tantas promessas, os trabalhadores decidiram permanecer paralisados até o pagamento cair na conta.
Preocupados com o pagamento dos meses vindouros, dirigentes do Sinditest e representantes da FUNPAR questionaram o reitor e o diretor administrativo da EBSERH até quando esta situação vai perdurar. “Não queremos mordomias. Queremos simplesmente o pagamento dos nossos salários, dos dias trabalhados. Temos compromissos, nossas despesas são cobradas com juros quando não são pagas na data determinada”, desabafaram os trabalhadores da FUNPAR.
O reitor Zaki Akel garantiu que 2016 será um ano bem mais tranquilo, que esses problemas não farão mais parte da vida do trabalhador da FUNPAR. É pagar para ver.
Vale lembrar que a paralisação é a única opção para os trabalhadores da FUNPAR/HC, diante da arbitrariedade e do descumprimento do Acordo Coletivo da Categoria. Essa atitude, inclusive, é tomada com tristeza porque sabem a falta que fazem junto aos pacientes do Hospital de Clínicas.
Na próxima sexta-feira, dia 15, nova reunião está agendada para continuar as negociações das demandas dos trabalhadores da FUNPAR, entre elas, o assédio moral que a categoria vem sofrendo.
Conforme foi deliberado pela categoria, a cada início de mês será feita uma assembleia para deliberação acerca de realização de greve, caso o pagamento não entre no 5º dia útil do mês.
Os trabalhadores FUNPAR/HC não estão dispostos a abrir mão de nenhum direito!
Pagamento já!