Hoje, dia 07, é celebrado o Dia Mundial da Saúde. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde, em 1948, para conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde e a qualidade de vida. A cada ano, a entidade elege um tema diferente de debate. Em 2022, o assunto escolhido é “Nosso planeta, nossa saúde”.
A nossa saúde é determinada por uma série de fatores, do ponto de vista biológico, fatores hereditários, alimentação, condições e mutações genéticas são agentes decisivos. No entanto, outras condições externas também exercem influência em nosso bem estar, como o trabalho, a educação, o lazer, o acesso a políticas públicas e o meio ambiente.
E como pensar em saúde em um planeta doente? São inúmeros os exemplos de problemas que o mundo está enfrentando. Guerras, pandemia, desmatamento, aquecimento global, fome, etc. Inclusive, o Brasil mesmo é um dos principais exemplos de retrocesso.
As políticas de governo de Bolsonaro seguem deixando “passar a boiada” no país. As medidas adotadas apenas favorecem as bancadas conservadoras (ruralista, evangélica, da bala) do Congresso, enquanto a perseguição aos povos originários e às minorias sociais, a destruição ambiental, o sucateamento do SUS, o desmonte da ciência e da educação crescem desenfreadamente.
Saúde para poucos
O Brasil possui um sistema de saúde pública aberto para qualquer pessoa que procure o serviço, mas a qualidade do atendimento muitas vezes é questionável. No entanto, isto não significa que as servidoras e servidores públicos são profissionais mal qualificados, o problema está mesmo nas condições oferecidas pelo Governo Federal.
A partir da aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, mais conhecida como Teto dos Gastos, o orçamento destinado à saúde pública é cada vez mais enxugado. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Governo Bolsonaro reduziu em 20% o orçamento para saúde, em 2022. Cerca de 40 bilhões tirados da população.
Vale ressaltar que este corte também está acompanhado de altos níveis inflacionários. Ao passo que o Governo reduz o investimento para aquisição de materiais e manutenção do serviço público de saúde, no mercado financeiro o lucro cresce vertiginosamente. São menos recursos, menos medicamentos, menos exames, menos consultas disponíveis, trabalho precarizado, salários defasados. Em outras palavras, o sistema público de saúde não é para todos.
Afinal, quem está por trás da Saúde Pública?
Quando falamos sobre serviços de saúde, espontaneamente vem a imagem de médicos (as) e enfermeiros (as) à nossa mente. Porém, o sistema público de saúde não é composto apenas por estes profissionais, é uma vasta rede de trabalhadores e trabalhadoras que dão vida ao SUS. E a nossa categoria, das técnicas e técnicos administrativos em educação é uma delas.
Estamos presentes nos hospitais e universidades federais, a serviço da população. Todos os dias, trabalhamos e lutamos por um sistema de saúde de qualidade e digno para todos. Nem mesmo na pandemia paramos, estivemos mais presentes ainda.
Por outro lado, temos direitos trabalhistas cortados e reajustes salariais negados desde 2017, sobretudo pelo Governo Bolsonaro. Enquanto a defasagem salarial dos servidores públicos federais chega a 19,99% neste governo, TAEs do CHC, que durante o ápice da pandemia atuaram na linha de frente da Covid-19, enfrentam cortes no adicional de insalubridade e nos bancos de horas.
E são por esses motivos, somados ao atendimento das pautas locais e nacional, e da aprovação do piso salarial nacional da enfermagem, que nós paralisamos nossas atividades no dia de hoje. Apenas reivindicamos salários justos para a categoria e serviços de qualidade para todos. A saúde pública deve ser prioridade! Junte-se a nós nessa luta!