Em Assembleia Geral virtual realizada ontem (22), trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest elegeram, por unanimidade, a chapa que irá representar a categoria na próxima Plenária Nacional da Fasubra, marcada para os dias 25 e 26 de junho. As técnicas e técnicos também puderam acompanhar os últimos informes do Grupo de Trabalho sobre a IN 65, bem como a discussão sobre a conjuntura política e os ataques aos serviços públicos, ponto apresentado pelo coordenador-geral da Fasubra Toninho Alves. Confira abaixo uma síntese da reunião.
Informe GT de Teletrabalho
Estabelecido a partir de uma assembleia ocorrida no mês de dezembro, o Grupo de Trabalho IN 65 vem, desde então, estudando a discussão e os acúmulos sobre a instrução normativa que versa sobre o teletrabalho. Formado por técnicas e técnicos das três universidades que compõem a nossa base e por membros da direção do Sindicato, o GT tem por objetivo a inserção da categoria nos debates sobre o tema dentro das instituições. “Nossa ideia é levar as reivindicações e o ponto de vista que corresponde a defesa dos nossos interesses, que envolvem a nossa carreira PPCCTAE”, explica Marcello Locatelli, coordenador do Sinditest e membro do Grupo.
De acordo com o sindicalista, a Fasubra também tem feito esta discussão nacionalmente por meio do seu GT e articula a realização de uma plenária para estabelecer diretrizes sobre o tema. “Aqui no Paraná somos um dos sindicatos mais avançados na discussão sobre a IN. Vamos fazer uma cartilha explicando o teletrabalho, colocando as preocupações que nós temos em relação à carreira, à avaliação de desempenho e como vai se dar a relação entre a chefia imediata e as trabalhadoras e trabalhadores lotados nas unidades”, afirma Locatelli.
Na UNILA, o Sinditest tem participado desta discussão com a CIS e por meio de um GT local já estabelecido, que inclusive já realizou reuniões com a Universidade que deram origem a uma proposta de minuta. Na UTFPR, o Sindicato vem insistindo na participação dos TAEs, uma reunião para tratar da questão já foi solicitada à Reitoria. Na UFPR, foram realizadas duas reuniões com a PROGEPE para tratar do teletrabalho. “Temos uma política estabelecida de que esse debate só irá avançar se os nossos interesses estiverem refletidos nas elaborações das resoluções nas distintas instituições”, finaliza Marcello.
Ataques aos serviços públicos e Conjuntura Nacional
Para Toninho Alves, coordenador-geral da Fasubra, estamos frente a um governo negacionista, que deliberadamente decidiu desmontar o estado brasileiro a partir da PEC 32 e enxugar o quadro dos servidores por meio da entrega do Estado à iniciativa privada. “Esta é a política liberal do Paulo Guedes e da maioria dos deputados. A política genocida foi escolhida de forma a levar meio milhão de trabalhadores e trabalhadoras à morte. Se acompanhar o que está acontecendo na CPI, a política de imunização de rebanho, esperar o último momento para comprar vacina, essa é uma política genocida praticada por esse governo, é a lógica militar, essa é a cabeça do Bolsonaro, ele não está se importando. Essa história da cloroquina tem um fundo, o dinheiro do estado que saiu para comprar esses remédios. Não é pouca coisa, precisamos acompanhar, é uma política deliberada, inclusive para gente não ocupar as ruas. Além disso, é um governo que não negocia. A Fasubra vem encaminhando ofícios para participar das negociações. Não tem mesa de negociação, não tem diálogo”, reitera Alves.
Sobre a importância das manifestações realizadas no último sábado, dia 19, em todo o país, contra o governo Bolsonaro, Toninho explica como se deu essa articulação: “A opção tomada pela maioria das entidades e das centrais sindicais foi num primeiro momento garantir a vida dos nossos trabalhadores e trabalhadoras e não sair de forma desorganizada para a mobilização de rua. Passado esse período, a partir de março a gente teve um levante com o 8M, uma mobilização social. Isso foi importantíssimo para que a gente pudesse se organizar para o momento em que estamos vivendo, além da absolvição do ex-presidente Lula e de alguns movimentos internacionais importantes. Esse processo que culmina no 19 J tem todo um histórico cumulativo por trás, que contribuiu para que a gente tivesse sucesso no último sábado”.
Segundo o coordenador da Fasubra, enquanto categoria, precisamos permanecer firmes e mobilizados, pois Bolsonaro já sente a pressão popular.
Eleição dos delegados e delegadas para a próxima Plenária da Fasubra
Durante a assembleia, os técnicos e técnicas elegeram, por unanimidade, a chapa que irá representar a categoria na próxima Plenária Nacional da Fasubra, que será realizada nos dias 25 e 26 de junho, das 14 às 18h. Participam do evento as técnicas Elis Regina Ribas, Melissa Vicentini, Rosaninha Silva, Ana Paula Chiaverini, Izabel Gogone e Valéria Monteiro, e os técnicos Marcello Locatelli, Guilherme Latini e Luiz Fernando.
De acordo com a Federação, a Plenária terá como pauta informes nacionais, análise de conjuntura nacional e internacional, reforma administrativa (PEC 32), retorno ao trabalho presencial sem vacinação, calendário, encontros regionais e aprovação de propostas, moções e encaminhamentos, além de referendar substituições de diretores, conforme estabelecido nos artigos 65 e 66 e seus incisos e parágrafos.