A semana foi movimentada para os TAEs da UTFPR nos campi do sudoeste paranaense. Os servidores de Dois Vizinhos, Pato Branco e Franciso Beltrão se reuniram em assembleias locais da categoria para debater a conjuntura nacional, as pautas locais e para a entrega presentes aos filiados ao Sinditest-PR.
Realizadas no dia 27 em Dois Vizinhos e no dia 28 em Pato Branco e Francisco Beltrão, as assembleias abordaram os sucessivos ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos servidores públicos, especialmente os da educação.
Os cortes orçamentários impostos pelo Ministério da Educação (MEC) às universidades, que atingiu em cheio a rotina dos TAEs e afetou o funcionamento das instituições, foram alvo de duras críticas dos servidores.
O programa Future-se, que pretende entregar a administração das universidades à iniciativa privada, também foi tratado como um grande retrocesso pelos servidores. Alguns pontos do Future-se, como a possibilidade de contratação pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela terceirização, afetariam diretamente as condições de trabalho dos TAEs.
Em 2019, técnicos, docentes, estudantes e grande parte da sociedade se mobilizaram pela eduação pública em grandes mobilizações, obrigando o MEC a rever a versão original do Future-se. Para 2020, o desafio é manter a resistência e pressionar o Governo Federal a abandonar de vez o plano de privatizar parte do ensino superior no Brasil.
Além disso, os servidores se manifestaram contra a Reforma Administrativa e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, que propõem, entre outros retrocessos, o fim da estabilidade dos servidores, progressão mais lenta nas carreiras e a possibilidade de redução de jornada e salários para o funcionalismo público.
O governo Bolsonaro deve encaminhar a proposta de Reforma Administrativa ao Congresso Nacional no início do ano que vem, exigindo, de todos os servidores, uma mobilização à altura desse ataque.
Com relação às pautas locais, os servidores dos campi do sudoeste debateram o recesso de final de ano e a implementação do ponto eletrônico na UTFPR. Ainda que a universidade tenha tomado decisões unilaterais sobre o registro de frequência, sem o devido diálogo com o Sinditest-PR, a categoria continua vigilante para garantir que seus direitos não sejam violados.
No final das assembleias, os diretores entregaram presentes de fim de ano aos filiados ao Sinditest-PR e reforçaram a união para as lutas que virão em 2020.
Fonte: Sinditest-PR