TAEs da UFPR Matinhos se mobilizam em torno das 30 horas

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Em assembleia na tarde de quarta-feira, 14, a diretora Carla Cobalchini frisou aos servidores que o acordo sobre as 30 horas firmado com o Comando Local de Greve no COUN do dia 06 de agosto não está sendo cumprido pelo reitor Zaki Akel. Na ocasião ele se comprometeu a montar uma comissão de 30 horas composta por representantes eleitos pelos servidores em assembleia e melhorar alguns itens da resolução 56/11.

“Havia um compromisso do reitor naquele COUN de que haveria um representante dos técnicos eleito em assembleia pra representar os técnicos nessa comissão. A gente sabe como é que a banda toca lá. Se a pessoa não está muito bem convicta da pauta chega e na “hora H” geralmente recua”, alertou.

Contudo, os servidores de Matinhos seguem mobilizados para fazer valer a resolução aprovada em 2011. Segundo a servidora Juliane Pereira a comissão do setor litoral se reuniu no começo da semana para encaminhar os processos das 30 horas. Mesmo recebecendo a informação da chefia do setor de que os trabalhos da comissão criada pela reitoria já haviam encerrado, os servidores não caíram na manobra. “Temos um ofício encaminhado solicitando que essa comissão receba nosso processo e vamos encaminhar”, garantiu Juliane.

“Foram enviados documentos em outros momentos, mas eles não analisaram”, advertiu o servidor Marcelo Cavadinha, se referindo a documentos que estão na SOC e a alguns documentos que desapareceram. “Mas não tem problema, a gente vai passar nos setores corpo à corpo para elaborar esse documento até essa sexta”.

A orientação do sindicato é de que os servidores reúnam o quanto antes a documentação necessária para dar encaminhamento à implantação das 30 horas em toda a UFPR. “Apesar desse cenário de tentar guardar na manga as 30 horas e tentar utilizar no futuro pra eleição de reitoria, a gente tem condições de deixar todo o processo completo, incontestável, com todo arcabouço jurídico e deixar que o sindicato faça a introdução e a conclusão do documento. Caso não estejamos preparados, a gente pode sofrer um revés”, defendeu Maurício de Souza, da direção do Sindicato.

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Mauricio: “Ninguém precisa ter receio de fazer as 30 horas”

Luta pela Paridade: Eleição para o Conselho Setorial de Matinhos

Os TAEs também discutiram em assembleia sobre a escolha de representantes para o Conselho Setorial. Para muitos servidores o formato não paritário no conselho é um fator desestimulante para participação nas decisões da universidade, entretanto, o entendimento é de que estes espaços, mesmo antidemocráticos, precisam ser ocupados. “Se não tivermos um técnico lá a tendência é que criem projetos mirabolantes e acabe sobrando pra gente”, defendeu o servidor Douglas Ortiz Hamermüller, atual representante.

Na próxima quarta, 21, às 14 horas, haverá assembleia para eleição dos dois representantes dos técnicos no Conselho. Para a servidora Juliane Pereira se os espaços serão ocupados então a luta é pela paridade. “É um absurdo o modelo 70/30 [70% das cadeiras ocupadas pelos docentes e 30% por técnicos e estudantes]. Somos tão importantes quanto professores e estudantes, temos que brigar pela paridade e pela democracia”, rebateu.

Por Adriana Possan
Assessoria de Comunicação do Sinditest

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