Confira posicionamento da Direção do Sinditest sobre o uso do RU Central e a recente ação da PRA, que barrou a entrada dos estudantes no RU na última quinta-feira (3)
O Sinditest-PR recebeu um comunicado do Pró-Reitor de Administração, prof. Edelvino Razzolini Filho, na sexta-feira (4), onde nos foi informado o seguinte:
1º) O RU Central está sob responsabilidade do Sinditest, razão pela qual a PRA nos envia quase todos os dias uma notificação de cobrança de “multa” pelo uso do espaço [o sindicato não reconhece tal cobrança, uma vez que não há condenação de abusividade contra a greve];
2º) O Sinditest-PR, por ser o responsável pelo RU Central, pode dispor dele como bem entender. Não há ordem para os seguranças de impedir o uso do RU pelo sindicato ou pelo Comando de Greve;
3º) Caso os estudantes ou membros da comunidade externa queiram fazer uso do RU, se houver a presença de membros do Sinditest ou do Comando de Greve, os seguranças não restringirão a passagem;
4º) No episódio desta quinta-feira, em que os estudantes (acompanhados da diretora do Sinditest Carla Cobalchini) foram barrados pela segurança do RU Central, houve [pelo que se depreende da explicação do Pró-Reitor Edelvino]uma falha de comunicação: a segurança provavelmente acreditou que os estudantes promoveriam uma ocupação;
5º) As negociações com as três categorias em greve estão suspensas enquanto durar a ocupação da reitoria pelos estudantes.
De nossa parte, temos a dizer o seguinte:
I) Estávamos prontos para abrir a porta do RU já na quarta-feira, pela manhã. Não havendo mais necessidade de confrontos com a segurança, tanto melhor;
II) O Sinditest-PR apoia o movimento estudantil e sua luta. Embora a decisão de ocupar a reitoria da UFPR tenha sido exclusiva dos estudantes, a FASUBRA desenvolve em todo o país ações similares, com ocupações de reitoria, bloqueio de ruas, bloqueio do acesso às universidades. O movimento de greve dos técnicos é, portanto, solidário às ações dos estudantes e dos docentes em greve. Lamentavelmente, devido ao fato de nossa arrecadação ter sido cortada pelo governo federal, não estamos conseguindo dar aos estudantes o apoio que eles tanto merecem;
III) Consideramos que é um erro da reitoria da UFPR suspender as negociações por conta da ocupação da reitoria. O governo federal está fechando as portas de muitas universidades país afora, ao retirar delas os recursos necessários para seu funcionamento. É perfeitamente justo que os estudantes lutem por seus direitos e em defesa da universidade, fechando a reitoria por alguns dias. Se ninguém lutar, se ninguém reagir, o estrangulamento promovido pelo governo fechará as universidades por períodos de tempo muito maiores;
IV) Continuamos na luta. Seguiremos insistindo pela reabertura das negociações. Seria muito mais inteligente por parte da Reitoria da UFPR acolher as reivindicações das categorias em greve e atendê-las, formando uma frente da comunidade interna em defesa da universidade. Essa frente poderia unir esforços para sensibilizar a sociedade quanto ao drama vivido pela UFPR, mobilizando a população em sua defesa (numa iniciativa similar à que foi adotada no episódio do julgamento do governador Beto Richa). Em vez disso, o reitor Zaki Akel continua escolhendo a linha de menor resistência, submetendo-se às arbitrariedades do governo, apagando incêndios com gasolina, confrontando os trabalhadores e alunos, em resumo, fazendo as mesmas escolhas infelizes que o levaram a entregar o HC para a EBSERH. Nós, técnicos, docentes e estudantes, ao contrário do reitor, não abandonaremos a luta em defesa da universidade. Vamos resistir até o fim.
A Diretoria
Gestão Sindicato é pra Lutar