Base do Sinditest engrossou a massa das centrais sindicais que se uniram na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para organizar uma greve geral e lutar contra os ataques aos direitos trabalhistas e ao povo brasileiro. A ação integrou a Paralisação Nacional realizada nesta terça-feira, 16.
A mobilização, que também aconteceu em Medianeira, Santa Helena, Foz do Iguaçu e outros 19 estados, reuniu em Curitiba centenas de pessoas para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 257/2016 e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que retiram direitos do funcionalismo público e ameaçam os recursos da Saúde e da Educação; as reformas trabalhista e previdenciária e os projetos de terceirização e privatização, que atacam todos os trabalhadores e trabalhadoras; e para gritar “Fora, Temer e todos os corruptos!”, que estão tocando retrocessos históricos no Congresso Nacional.
Marcaram presença a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, à qual o Sinditest é filiado, a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Força Sindical. O ato teve início em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para frisar a ameaça à Educação, depois foi para a frente da Previdência Social, cujos cofres estão sob a mira do governo golpista de Michel Temer, e terminou com um abraço simbólico ao prédio histórico dos Correios, que sofre ameaça de privatização.
Por todos os trabalhadores e trabalhadoras
O servidor da UFPR Jason Furuie, de 29 anos, protestava junto à base do Sinditest e ressaltou que não é só o funcionalismo público está sendo atacado, mas toda a classe trabalhadora. “Nossa principal luta é contra a retirada de direitos. As pessoas têm que ter consciência que o que está em jogo afeta toda a população. Estou aqui não só por mim, mas pela minha família”, declarou.
A coordenadora de Comunicação do Sinditest Carla Cobalchini, representando a CSP Conlutas, lembrou que enquanto o povo vibra pelas Olimpíadas, retrocessos nefastos estão em curso em Brasília. “Os deputados estão aprovando no Congresso o fim do Sistema Único de Saúde, a precarização do serviço público e a retirada dos poucos direitos trabalhistas que ainda temos. O ataque contra os trabalhadores é muito grande e não vai cessar, só uma reação grande pode barrá-lo. É hora de ter unidade, temos condições diferentes, mas todos temos que defender a classe trabalhadora”, bradou ao microfone, do alto do carro de som.
Carla lembrou que o PL 257 e a PEC 241 não são criação do governo Temer, pois foram iniciados na gestão do PT, e convocou o povo para a luta. “As Olimpíadas vão acabar e nós não vamos ganhar nenhuma medalha, só o dissabor de perder os direitos que nós temos. Mas não vamos deixar isso acontecer de cabeça abaixada. Vamos enfrentar, resistir, construir greve geral!”
A Saúde e da Educação são as áreas mais prejudicadas pelas propostas de arrocho fiscal, que fazem cada dia mais cortes, afirmou o coordenador-geral do Sinditest José Carlos Assis. O HC já está sofrendo as consequências do entreguismo e da privatização iniciados no governo Dilma. “O Hospital de Clínicas da UFPR está à beira da falência. O nosso hospital foi entregue a uma empresa chamada Ebserh, uma empresa com fins lucrativos que transformou o maior hospital-escola do país em uma vergonha. As pessoas estão esperando anos na fila para uma consulta, piorou o atendimento, as condições de trabalho, os trabalhadores que entraram agora e são CLT estão sofrendo diversos assédios”, pontuou.
Os coordenadores do Sinditest ressaltaram a importância da união entre todos os trabalhadores e trabalhadoras para a construção de uma greve geral, única alternativa que pode barrar os ataques que estão tramitando no Congresso Nacional.
Veja aqui as fotos do ato unificado em Curitiba.
Paralisação na UTFPR de Medianeira e Santa Helena:
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.