Feminicídio, violência doméstica, salários 30% menores, assédio de rua, duplas e até triplas jornadas de trabalho. E, em meio a isso, um cenário de retirada dos já tão precários direitos das mulheres, com reformas previdenciária e trabalhista vindo a galope. No próximo 08 de março, Dia Internacional da Mulher, as trabalhadoras não terão muito o que comemorar.
Para construir uma programação de enfrentamento ao machismo e aos ataques do governo para a data, será realizada uma reunião nesta quinta-feira (16), às 19 horas, no SISMUC, convocada pelo Setorial de Mulheres da Central Sindical Popular Conlutas (CSP Conlutas), à qual o Sinditest, é filiado. O Sindicato integrará a organização das atividades junto com os movimentos feministas de Curitiba.
A reforma da Previdência Social, imposta pelo ilegítimo governo Temer através da PEC 287, vai prejudicar especialmente as mulheres trabalhadoras, que perderão o direito de se aposentarem cinco anos mais cedo – uma reparação simbólica e material às jornadas duplas de trabalho e à desigualdade salarial.
A reforma trabalhista, que deve vir logo após a previdenciária, irá penalizar ainda mais as trabalhadoras terceirizadas, em sua maioria, mulheres pobres e negras.
“Vivemos em um país marcado pela violência contra a mulher, onde em menos de duas horas uma brasileira é morta vítima da violência machista. Sabemos que a retirada de direitos e a violência atingem principalmente as mulheres trabalhadoras, as negras, as LGBTs e somente com unidade da classe trabalhadora poderemos derrotar os ataques e superar essa realidade”, defende a convocatória do Setorial de Mulheres da CSP Conlutas.
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa Sinditest-PR