Sinditest-PR fará contraproposta de reajuste para convênio da Unimed

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Réplica da diretoria do sindicato, aprovada em assembleia, será de 35%

Réplica da diretoria do sindicato, aprovada em assembleia, será de 35%

O Sinditest-PR vai apresentar ainda nesta terça-feira, 17, uma contraproposta de reajuste de 35% do convênio de saúde com a Unimed. O índice foi definido em assembleia da categoria no início da tarde de hoje.

Inicialmente, a empresa de planos de saúde havia pedido que o valor do Plano Flex, que atualmente atende a mais de dois mil filiados, fosse revisto em 55%. Na primeira réplica, o sindicato propôs que a alíquota não ultrapasse os 30%. Por fim, a Unimed fixou o índice em não menos do que 42%. “Mas nós ainda podemos espernear um pouco. Apresentar uma contraproposta e ver se conseguimos diminuir isso”, sugeriu o diretor do Sinditest-PR Márcio Palmares.

A orientação foi aprovada sem votos contrários.

Em conversas preliminares, a Unimed havia deixado claro que poderia cancelar o plano caso o reajuste não fosse aplicado.  De acordo com os números apresentados pela empresa, o convênio hoje mantido com o Sinditest-PR tem uma defasagem de R$ 2 milhões ao ano. “Aqui, nós temos que tomar muito cuidado para não fazer uma confusão e discutir índice por índice. Se chegarmos pra Unimed e dissermos que o aumento tem que ser de 5%, porque foi o índice de reajuste que a Dilma nos deu, eles vão cancelar o plano, e isso vai ser uma tragédia”, apontou Palmares.

O diretor do Sinditest-PR também defendeu que o plano, hoje, é bom para os filiados. “A direção, por princípio, não gostaria de estar intermediando isso. Nós defendemos a saúde pública. No entanto, é preciso reconhecer que o plano até aqui foi um negócio da China.”

Os servidores da faixa etária acima dos 55 anos, por exemplo, pagam hoje R$ 199 mensais.  Se migrassem para o plano individual, o valor subiria para R$ 1 117,00. Ou seja: o preço do convênio é apenas 18% do de mercado. Se aplicado um acréscimo de 42%, ele ainda assim não chega a 25% do que é cobrado no “balcão da Unimed”. “Continua sendo um bom negócio”, argumentou Palmares. O valor também está abaixo das propostas apresentadas por outras operadoras de planos de saúde, que ficaram acima de R$ 800.

É na faixa etária acima dos 55 anos que também se concentram os filiados que mais frequentemente utilizam o plano de saúde, alguns para tratamentos de alta complexidade, como o de câncer. “Nós temos um público adoecido e que adoeceu, regra geral, no ambiente de trabalho, com uma insalubridade. Existe um nexo causal”, observou uma servidora.

“Por isso, é muito perigosa possibilidade de cancelar esse plano”, advogou a diretora do Sinditest-PR Carmen Luiza Moreira. “Por quê? Tem gente fazendo tratamentos sérios. Não é uma conjuntivite, não é qualquer coisa”, finalizou ela.

A Unimed deve apresentar uma resposta ainda nesta quarta-feira, 18.

Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR.

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