Sinditest-PR exige inclusão de TAEs e empregados (as) Ebserh na disputa pela superintendência do CHC

0

O Grupo de Trabalho responsável por definir as regras das eleições para superintendente do Complexo Hospital de Clínicas (CHC) da UFPR decidiu que as técnicas e técnicos administrativos em educação (TAEs) ficam excluídos do direito de se candidatar ao cargo de superintendente, independentemente de sua qualificação acadêmica e/ou tempo de serviço, contrariando todo o discurso que a nova gestão fez durante a campanha.

O Sinditest-PR, que só foi convocado apenas para as duas últimas reuniões, criticou a decisão tomada na terceira reunião do GT, no dia 11/02, que limita as candidaturas exclusivamente a docentes com doutorado e, assim, mantém um sistema de votação desigual, prejudicando a representatividade dos trabalhadores.

Reivindicação histórica

A eleição direta para superintendente é uma reivindicação histórica dos técnico-administrativos em educação (TAEs) e trabalhadores (as) públicos (as) do CHC. O compromisso com essa pauta foi determinante para que diversos dirigentes sindicais apoiassem a candidatura do atual reitor. No entanto, a gestão eleita, representada pela vice-reitora e atual superintendente do CHC, Camila Fachin, escolheu restringir a democracia no processo.

A exigência de que apenas docentes com doutorado possam concorrer ao cargo não encontra respaldo nem mesmo no regimento da EBSERH. Trata-se de um critério excludente que ignora a capacidade administrativa dos TAEs e empregados (as) públicos (as), profissionais qualificados para gestão hospitalar. Enquanto esses trabalhadores são cobrados por conhecimentos em legislação e administração, docentes são avaliados prioritariamente por sua atuação acadêmica, uma contradição.

O Grupo de Trabalho, composto majoritariamente por chefias do hospital e por aqueles que almejam ocupar cargos de direção, consolidou essa restrição sob protestos do Sinditest-PR porque não há democracia quando aqueles que podem votar não podem ser votados.

Outro retrocesso imposto foi a manutenção de um modelo de votação que favorece determinados segmentos. Em vez do voto universal, foi estabelecido que TAEs, trabalhadores (as) públicos (as) e docentes terão 70% do peso dos votos, enquanto os estudantes ficarão com apenas 30%. Essa medida fere o princípio de igualdade entre os integrantes da comunidade universitária e reforça uma estrutura de poder excludente, o que sempre combatemos.

A superintendente Camila Fachin comprometeu-se a encaminhar a proposta de regimento das eleições para os conselhos superiores da UFPR. O Sinditest-PR informa que seguirá acompanhando o processo e denunciando qualquer tentativa de retrocesso. Assim que o regimento for aprovado, as regras finais e a data da eleição serão divulgadas para que toda a categoria esteja informada e mobilizada.

Continuamos de olhos bem abertos!

Compartilhar.

Comments are closed.

X