A diretoria do Sinditest-PR entregou nesta quinta-feira, 24, ao superintendente do Hospital de Clínicas, Flávio Tomasich, uma lista de reivindicações dos funcionários do hospital. A pauta foi aprovada em assembleia da categoria no dia 23 de março e abrange temas antigos, como o ainda confuso sistema de controle de jornada, e itens mais recentes, como o não pagamento de horas extras e de adicionais de plantões hospitalares (APHs).
O superintendente pediu tempo para analisar e discutir o documento e preferiu não dar respostas de imediato. Novas reuniões foram agendadas para debater pontos específicos da pauta. No dia 06 de abril será discutido o ponto eletrônico e o não pagamento de horas extras; no dia 20 do mesmo mês, as deficiências no ambulatório dos servidores; e no dia 04 de maio, questões como a sala de descanso para os trabalhadores da enfermagem, as regras de estacionamento e o refeitório do hospital.
No ponto eletrônico, há falhas como a rápida deterioração dos comprovantes de entrada e saída emitidos pelas máquinas, o que faz com que no fim do mês os servidores não possam compará-los com os “espelhos” gerados pelas chefias. Além disso, uma política adotada pelos setores faz com que os funcionários precisem justificar e encaminhar à Unidade de Administração de Pessoal (UAP) qualquer mínimo desvio nos horários, o que toma tempo e conforme admitiu o próprio superintendente do hospital, é “contraproducente”.
“Não cabe ao trabalhador fazer isso. Isso é papel da chefia. Ao trabalhador cabe cumprir a jornada”, reclamou Natália Oshiro, diretora do Sinditest-PR.
No ambulatório dos servidores, os profissionais do HC não tem conseguido marcar consultas com pediatras e ginecologistas. Mulheres estão com o resultado de mamografias em mãos, sem conseguir atendimento. A orientação da direção do hospital era de que essas pessoas procurassem o Sistema Casa, mas nele as consultas também têm sido negadas.
“O problema é que pra mim ainda não chegou nenhum documento oficial dizendo isso. E preciso disso para poder fazer alguma coisa”, pediu Flávio Tomasich.
Na reunião de hoje, ele se comprometeu a soltar em breve uma circular para as chefias do hospital, informando da não mais necessidade de os servidores baterem o ponto para a entrada e saída dos intervalos de 15 minutos, conforme já acordado com o sindicato.
ACT Funpar
Também hoje, a diretoria do Sinditest-PR e o advogado da Funpar Luiz Antonio Abagge se comprometeram a iniciar já na semana que vem as negociações para o acordo coletivo de trabalho (ACT) dos funcionários da Fundação. O objetivo é que as possíveis controvérsias não se estendam em demasia, como aconteceu em anos recentes, e o acordo esteja pronto no dia 1º de maio.
Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação Social do Sinditest-PR.