Não há saída individual. “Os trabalhadores estão decididos a lutar contra esse processo de demissão firmado entre UFPR, Funpar e Ministério Público do Trabalho. Assim como fizemos até agora, continuaremos utilizando todos os recursos disponíveis para evitar esses desligamentos”, afirmou a coordenadora de administração e finanças do Sinditest-PR, Christiane Pereira.
O tom é de enfrentamento. E nesta próxima quinta-feira (24), às 9h, haverá um ato durante a reunião do Conselho Universitário (Coun), no prédio da Reitoria da UFPR. Já na sexta-feira (25), os trabalhadores se concentrarão em frente ao Sinditest-PR, a partir das 12h, para sair em manifestação.
“Vamos realizar um ato previsto para ocorrer às 14h. Será muito importante a participação não só dos funparianos, mas de todos os TAEs também. Promoveremos todo tipo de ação que estiver ao nosso alcance contra a demissão desses trabalhadores”, completou Christiane.
Vale ressaltar que esse calendário foi aprovado com participação expressiva dos trabalhadores da Funpar em assembleia realizada na sexta-feira (18).
MEC
É impressionante, parece que escolheram a dedo os representantes do atraso no Brasil para comporem o Ministério da Educação. Um combo de pessoas com o objetivo de demitir e precarizar. Isso fica claro quando, em setembro, o MEC liberou recursos extraordinários para viabilizar o desligamento de 83 trabalhadores da Funpar (sendo que apenas uma parte havia ingressado no pedido de demissão voluntária).
Diante dessa situação, os funparianos participaram de assembleia na sexta-feira (18), convocada pelo Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado do Paraná (Senalba-PR).
Com participação expressiva, a categoria aprovou esse calendário de lutas com o objetivo de impedir esses desligamentos.
Histórico
Em novembro de 2014, em decorrência do acordo entre UFPR, Funpar e Ministério Público do Trabalho (MPT), na Ação Civil Pública 9890800-40.2002.5.09.0001, ficou estabelecido o prazo de 24 de novembro de 2019 para o desligamento de todos os empregados da Funpar.
Essa decisão é válida aos funparianos que prestam serviços no HC e na Maternidade Victor Ferreira do Amaral da UFPR, garantindo também a responsabilização solidária da UFPR e da Funpar para o pagamento de todas as verbas rescisórias dos empregados.
Agora em setembro, o MPT apresentou manifestação no processo requerendo “o desarquivamento dos autos e a notificação da Funpar e UFPR para que apresentem, em prazo de 15 (quinze dias, ou outro a ser estabelecido pelo Juízo) documentos hábeis a comprovar o desligamento de todos os empregados”.
Diante desta manifestação, o Sinditest-PR imediatamente entrou em contato com os órgãos envolvidos, reiterando pedido de reunião com a Reitoria da UFPR, bem como o encaminhamento imediato de reunião com o MPT, visando garantir e resguardar todos os direitos dos trabalhadores atingidos e buscar alternativas para evitar as demissões.
O Sinditest-PR se coloca à disposição dos trabalhadores e continuará por quem contribuiu e contribui com um serviço tão essencial à população.
Fonte: Sinditest-PR