Sinditest lança campanha solidária “Quem tem fome, tem pressa”

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O Sinditest convida os técnicos e técnicas da sua base a participarem da campanha solidária “Quem tem fome, tem pressa”, lançada esta semana pela entidade. A ação, articulada em resposta ao avanço da fome e da insegurança alimentar no país, busca a arrecadação de alimentos, materiais de limpeza, de higiene pessoal, álcool em gel, máscaras, além de gás de cozinha, para famílias em situação de vulnerabilidade social de Curitiba e Região Metropolitana, mapeadas por meio de ONGs e associações parceiras.

“A situação está muito complicada. Pessoas que não enfrentavam esta situação, com a pandemia, passaram a depender de doações para continuarem se alimentando. Muitas não podem nem contar com os R$150 do Auxílio Emergencial. Por isso, estamos fazendo esse chamamento à categoria, para que se sensibilizem e nos ajudem neste mutirão do bem”, explica Evandro Castagna, coordenador do Sinditest.

Para doar, basta comparecer à sede administrativa do Sindicato todas as quartas-feiras, das 13h às 19h. O Hospital de Clínicas também conta com pontos de coleta em frente à portaria Central e do Anexo B. A direção sindical se compromete a buscar cestas básicas ou itens mais volumosos mediante agendamento prévio com a recepção. “Acreditamos no engajamento e na solidariedade da nossa categoria. Não temos dúvida que a campanha será um sucesso e que fará diferença na qualidade de vida de quem precisa”, afirma Castagna.

Desigualdade aumenta no Brasil

A pandemia de Covid-19 ampliou a desigualdade em todo o país. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, entre os 40% mais pobres, a renda familiar caiu mais de 30%, isso descontando o auxílio emergencial, que hoje é de R$ 150, valor que, segundo o jornal o Estado de São Paulo, seria suficiente para cobrir apenas 25% do custo de uma cesta básica para uma família de 4 pessoas. Em Curitiba, um botijão de gás de cozinha, de 13 kg, custa em média R$75, metade do valor do atual benefício. “Se com o auxílio de R$600 o pessoal já estava “cortando um dobrado” para sobreviver, com o valor de agora precisarão contar com ajuda da comunidade para sobreviver. O que o governo Bolsonaro fez é desumano, injustificável”, afirma o coordenador sindical.

No entanto, no topo da pirâmide a situação é de bonança, com a entrada de 11 novos bilionários brasileiros na lista da revista Forbes. Neste ranking, figuram sobrenomes famosos, muitos deles ligadas às famílias banqueiras, como os Safra. Apenas nos primeiros nove meses pandêmicos, os cinco maiores bancos no país lucraram mais de R$ 53 bilhões. Ou seja, não há crise para o segmento financeiro. “Precisamos de políticas públicas para os mais pobres e de menos regalias para os banqueiros, não é o povo que tem que sentir na carne as consequências da crise”, finaliza.

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