O sindicato e a central criticaram também as MPs 664 e 665 e cobraram das centrais governistas que rompam com o Governo
Trabalhadores de todo o país saíram às ruas neste 15 de abril: Dia Nacional de Paralisação Contra PL 4330, das terceirizações. No Paraná, o Sinditest aderiu à paralisação organizada pela CSP-Conlutas em conjunto com demais centrais, como a CUT, CTB, Força Sindical PR e entidades sindicais. Além do ato na rua, trabalhadores trancaram duas pistas da Rodovia do Xisto e cerca de 50 mil trabalhadores de chão de fábrica, segundo as centrais, pararam hoje suas atividades no estado, em manifesto contra o Projeto de Lei 4330, o maior ataque de direitos conquistados pelos (as) trabalhadores (as) desde a ditadura de 64.
O texto geral do PL 4330 já foi aprovado na Câmara dos Deputados e pode seguir em breve para o Senado. Na prática este Projeto de Lei pretende abrir a porteira para toda e qualquer terceirização e facilitar a vida dos empresários na hora de contratar, castigando os trabalhadores. Segundo o DIEESE, em pesquisa realizada em 2010, os terceirizados recebem 27% por menos que os trabalhadores com contratos diretos e a carga de trabalho dos “sub-contratados” é quase 10% maior. Carla Cobalchini, diretora do Sinditest, defendeu o arquivamento do PL e fez um grande chamado aos para greve geral. “Estamos aqui porque entendemos que a luta contra a terceirização e precarização começa hoje e não pode encerrar em um dia de paralisação. Por isso fazemos um chamado às demais centrais pra que a gente construa uma greve geral pra derrotar o PL 4330. Não são as emendas que nos interessam, nos interessa derrotar por completo a terceirização”.
Carla Cobalchini no início do ato na Praça Santos Andrade.
Durante o ato o diretor do Sinditest, Márcio Palmares, criticou duramente os golpes que o Goveno do PT tem direcionado à classe trabalhadora, enquanto mantém os privilégios dos mais ricos. Márcio afirmou que se o governo federal não corrigir seu rumo à esquerda, a ultra direita fascista vai tomar de vez o comando. “Pra combater a direita tem que aumentar o salário mínimo, tem que reduzir os impostos, tem que reduzir a taxa de juro dos bancos, tem que fazer reforma agrária, tem que respeitar as comunidades indígenas e quilombolas. Nós só temos um caminho, que é unificar a luta dos trabalhadores, e pra isso todas as centrais têm que dizer não ao Governo Dilma, esse governo não nos representa, esse governo representa os interesses dos capitalistas”.
Assista AQUI na íntegra a fala do diretor Márcio Palmares na Paralisação Nacional Contra o PL 4330, em Curitiba.
A CSP faz um chamado a todas as centrais para construir a greve geral e dizer não aos ataques do governo e dos empresários! Não às MPs 664 e 665! Não ao PL 4330!
Setorial de Mulheres do Sinditest: Presente!
Adriana Possan
ASCOM Sinditest