Os técnicos administrativos da UFPR devem seguir sem bater o ponto eletrônico. A decisão foi tomada em uma assembleia na manhã desta quarta-feira, 31. A orientação tem prazo indeterminado, e deve durar pelo menos até a administração dar resposta à reivindicação dos servidores para modificar alguns artigos da resolução 56/11, que instaurou a jornada flexibilizada de 30 horas na instituição. Enquanto isso, a frequência deve ser registrada apenas nas folhas-ponto. Um ofício foi entregue ao reitor Zaki Akel Sobrinho comunicando a decisão.
A assembleia aconteceu no pátio da reitoria. Enquanto isso, no segundo andar do prédio, uma reunião temática do Conselho Universitário (Coun) discutia a jornada de 30 horas.
As principais alterações solicitadas pelos técnicos na resolução 56/11 são: a supressão do artigo que determina a instalação do ponto eletrônico nas unidades da UFPR, a previsão de que o benefício da jornada flexibilizada seja estendido para os servidores que recebem função gratificada, e a incorporação de um parágrafo prevendo a eleição em assembleia dos membros da categoria que compõem a comissão responsável pela análise desses processos.
O reitor Zaki Akel Sobrinho se comprometeu a analisar as solicitações, mas uma resposta a elas não deve chegar antes do fim do mês de abril, quando acontece a próxima reunião ordinária do Coun.
Durante a reunião, Carla Cobalchini, da diretoria do Sinditest-PR, criticou duramente a implantação do ponto eletrônico na UFPR. “O ponto eletrônico aprofunda a discriminação, não melhora a relação entre técnicos e docentes e técnicos e chefias.”
Os servidores também criticaram a demora da atual comissão que avalia a possibilidade de implantação das 30 horas nas diferentes unidades da UFPR. Fora isso, algumas chefias de departamento estariam empenhadas em emperrar o andamento dos processos, mesmo em unidades com plenas condições de aderir à jornada flexibilizada.
Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação Social do Sinditest-PR.