O governo Bolsonaro segue a sua política de maldades contra os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente. No entanto, na última semana, em uma atitude acertada, o Senado decidiu pela derrubada de oito vetos do presidente a proposições aprovadas pela Câmara dos Deputados, entre elas a PL 1.826/2020, que prevê indenizações para profissionais de saúde incapacitados para as suas funções em decorrência da COVID. Segundo o texto do projeto de lei, sancionado por Jair Bolsonaro na última sexta-feira (26) por pressão do Congresso Nacional, a compensação de R$ 50 mil se estende também aos dependentes de agentes de saúde que perderam as suas vidas no combate à pandemia. De acordo com o Ministério da Saúde, até janeiro deste ano, 500 pessoas, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares morreram em decorrência do coronavírus.
“O congresso pressionou e Bolsonaro teve que assinar, mesmo não querendo. Se dependesse apenas do presidente, os trabalhadores jamais teriam acesso a esse benefício. Os profissionais da saúde estão esgotados, se sentem impotentes diante do esforço não reconhecido. Isso é o mínimo que o governo federal poderia fazer”, afirma o coordenador sindical Evandro Castagna.
Para além da luta pela compensação financeira dos trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente, o Sinditest tem como pautas prioritárias, neste momento, a ampliação urgente da vacinação em todo o país, a exigência do pagamento de um Auxílio Emergencial decente, de no mínimo R$ 600,00, além da necessidade de um lockdown nacional de 21 dias e o impeachment do presidente da república. “Defendemos a vacinação gratuita, o mais rápido possível, para todos e todas, sem exceção”, finaliza Castagna.