Os servidores técnico-administrativos do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR se reuniram com a direção do Sinditest-PR na quinta-feira (12) em Pontal do Paraná. Além de debater os ataques do Governo Federal aos servidores públicos e às universidades, a categoria conversou sobre a necessidade de melhores condições de trabalho para os TAES.
Imposto em abril pelo governo Bolsonaro, o corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais está sufocando a educação superior pública. A UFPR, por exemplo, convive há meses com a incerteza de não saber se terá orçamento para funcionar até o final do ano.
No encontro, os TAEs ressaltaram que a precariedade gerada pelos cortes já está se revertendo em sobrecarga de tarefas e piores condições de trabalho.
A categoria também demonstrou preocupação com o programa Future-se, proposta do Ministério da Educação (MEC) que repassa a administração das universidades e institutos federais para a iniciativa privada por meio de organizações sociais (OS).
Além de representar a perda da autonomia universitária e a diluição do tripé pesquisa-ensino-extensão que garante a excelência das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), o Future-se é uma ameaça aos direitos dos servidores.
O projeto acaba com a realização de concursos públicos para a contratação de servidores técnico-administrativos e docentes, um processo declarado de retirada de direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores.
Por fim, o Sinditest-PR reafirmou a importância da organização de base no CEM da UFPR nesse momento de luta. Como encaminhamento, a categoria irá discutir conjuntamente a eleição para delegado de base do no campus. A escolha será feita na próxima reunião local.
Fonte: Sinditest-PR
