Devido ao rápido avanço da variante Ômicron, altamente transmissível, técnicas e técnicos administrativos em educação da base do Sinditest-PR deliberaram em Assembleia pelo retorno ao trabalho remoto. Conforme decisão do coletivo, o encaminhamento foi apresentado à gestão da UFPR durante a última reunião da Comissão de Retomada, realizada no dia 28 de janeiro. Na ocasião, o Reitor da Universidade, Professor Ricardo Marcelo Fonseca, se comprometeu a verificar com a Procuradoria a possibilidade de atendimento da solicitação. Segundo resposta do órgão, comunicada ao Sindicato pelo Pró-Reitor de Administração Marco Antonio Ribas Cavalieri, a Instrução Normativa 90, que versa sobre o retorno gradual e seguro ao trabalho presencial nos órgãos e entidades do poder Executivo Federal, revogou a possibilidade de resolução pelo dirigente superior da instituição em relação ao tema – ou seja, de acordo com a IN o Reitor não teria autonomia para reestabelecer o trabalho remoto. Desta forma, a perspectiva de retorno ao trabalho presencial na Universidade segue inalterada, com retomada prevista para o dia 14 de fevereiro. O Sindicato, embora já tenha apresentado a mesma demanda para a gestão da UNILA e da UTFPR, não obteve retorno quanto à situação da categoria nessas duas instituições.
“No caso específico de Curitiba argumentamos que a recomendação do decreto da Prefeitura é que o teletrabalho seja adotado nas empresas. Não há motivo para que as Reitorias das universidades não adotem o mesmo posicionamento. Além disso, é legítimo que os TAEs desejem retornar às atividades presenciais somente quando estudantes e docentes voltarem de fato”, explicou Mariane Siqueira, coordenadora geral do Sinditest-PR.
Diante da negativa da UFPR e da falta de retorno das demais universidades, a posição do Sindicato, em respeito à decisão de categoria, se mantém.
“Permaneceremos defendendo o trabalho remoto. Respeitamos a análise dos especialistas, no entanto não podemos deixar de argumentar que os números são alarmantes e que enquanto não houver retorno presencial de estudantes e docentes não há porque apenas os técnicos se exporem. É preciso que as Reitorias tenham bom senso e que tratem os TAEs com o mesmo cuidado que há com as demais categorias”, finaliza Mariane.