Reitoria da UTFPR nega possibilidade de reposição por trabalho

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Mais uma vez, a reitoria da UTFPR se mostrou resistente à proposta de reposição por trabalho das técnicas e técnicos administrativos da instituição, que no último trimestre de 2016 paralisaram as suas atividades durante a greve contra a PEC 241. Em reunião realizada ontem (23) com representantes da diretoria do Sinditest e delegados e delegadas de base, o reitor da Universidade, Luiz Alberto Pilatti, foi enfático: “a reposição será por horas, seguiremos a orientação da Procuradoria com base no parecer da AGU”.

Para Carlos Pegurski, coordenador geral do sindicato e trabalhador da Universidade, ao proceder desta maneira, o reitor pressiona a categoria. “Acordamos que a discussão sobre reposição por horas será levada para a base. Caso não aceitássemos essa proposta, a reitoria ameaçou penalizar os(as) trabalhadores(as) da pior forma possível: descontando os salários.”

Pilatti afirmou, ainda, que considera a reposição por horas mais justa que a proposta de reposição por trabalho.

Durante a reunião, uma importante conquista para os(as) TAE’s: seja qual for a posição defendida pela categoria, as regras do jogo serão propostas pelos(as) trabalhadores(as). “Conseguimos a possibilidade da realização de rodadas de assembleias nos campi, onde poderemos formular de que modo faremos essa reposição. Isso aumenta o nosso leque de possibilidades. Poderemos propor, por exemplo, a compensação através da participação em cursos de capacitação.” Um próximo encontro para apresentação das propostas das técnicas e técnicos está marcado para a semana de 20 a 24 de fevereiro.

Legalidade

“Ainda que a compensação da greve tenha que ser por reposição de horas, ela só pode acontecer a partir do momento em que o parecer foi publicado, o que aconteceu no dia 13 de dezembro. Sendo assim, a gente passou só os dias 13 e 14 em greve sob vigência desta decisão, com apenas dois dias para reposição. Essa é a solução mais razoável e também a que tem amparo da legislação”, argumenta o Sindicato.

Acompanhamento

Uma vez definido o modelo de acordo, o acompanhamento da compensação ficará a cargo da direção de cada campus, mais próxima da realidade de cada trabalhador(a). O assunto deverá ser pauta central das próximas eleições locais, previstas para esse primeiro semestre.

Outras Universidades

Outras cinco universidades já aprovaram a reposição por trabalho: Federal do Pará (UFPA), da Fronteira Sul (UFFS), Federal de Santa Maria (UFSM), de São Carlos (UFSCAR) e Federal de Alagoas (UFAL). “Isso prova que este tipo de reposição é concebível, fora as reitorias que fizeram acordos informais, como por exemplo, a Federal de Juiz de Fora e a Federal do Rio de Janeiro, que hoje é a maior universidade federal do país. Então é concreto e plausível que isso aconteça”, defende Pegurski.

A luta por uma reposição mais justa continua e segue agora para as assembleias locais, cujas datas serão divulgadas em breve.

Silvia Cunha,
Assessoria de Comunicação e Imprensa Sinditest-PR.

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