Em pronunciamento realizado na última sexta-feira, 24 de junho, Marcos Schiefler, Reitor da UTFPR, fala sobre a portaria publicada pelo governo federal que cancela, de maneira definitiva, uma parte das dotações orçamentárias discricionárias para o ano de 2022. Na instituição, a medida representa quase 10 milhões de reais a menos para o cumprimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão – deste montante, aproximadamente R$1.587.000,00 seriam destinados para a assistência estudantil.
“Nós já tínhamos tido o anúncio de um corte, todos devem se lembrar, de 14,5%. Com a força que fizemos juntamente com o Congresso Nacional conseguimos reduzir para a metade, mas hoje essa portaria deixa claro que esses recursos originariamente destinados ao Ministério da Educação acabaram sendo alocados em outras pastas, que a gente chama de despesas obrigatórias, e dificilmente voltarão para a educação, ou seja, para a própria UTFPR”, explicou.
Segundo o Reitor, a situação é crítica e exige mobilização imediata. A Andifes, entidade que congrega os dirigentes das universidades federais brasileiras, articula em Brasília uma resposta aos cortes. No dia 22, em conjunto com a Frente Parlamentar em Apoio às Universidades, realizou um Ato na Câmara dos Deputados Federais exigindo o fim dos bloqueios nas universidades federais. A estratégia da associação envolve, com o apoio de lideranças políticas e parlamentares, esforços junto ao MEC e ao Ministério da Economia para a reversão do cancelamento das verbas.
Na avaliação da direção do Sinditest-PR, a portaria é gravíssima e integra a política de destruição da educação, da ciência e, sobretudo, dos serviços públicos impetrada de modo deliberado pelo governo Bolsonaro.
“A manutenção das iniciativas de assistência estudantil é fundamental para a permanência dos estudantes de baixa renda na Universidade. Neste momento deveríamos ampliar o investimento público e não ao contrário. A retomada da economia, do progresso, dos avanços em nosso país é indissociável do aumento no acesso à educação. Não podemos permitir mais um retrocesso, precisamos nos mobilizar”, afirma o dirigente sindical Evandro Castagna.
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