Técnicas e técnicos da base do Sinditest, funcionários(as) terceirizados e estudantes residentes no Hospital de Clínicas promoveram nesta manhã (12) um ato simbólico em frente à instituição. O coletivo defende a vacinação urgente de todo o pessoal do complexo hospitalar, sem exceções, respeitando o Plano Nacional de Imunização, com trabalhadores(as) da saúde sendo vacinados na FASE 1. Embora pertençam a este grupo prioritário, quase mil profissionais que atuam dentro do hospital ainda não receberam a primeira dose imunizante contra a Covid.
“A Secretaria Municipal de Saúde diz que todos os trabalhadores dos hospitais de Curitiba já foram vacinados, isso é uma inverdade. Nós defendemos a vacinação de todos os profissionais que trabalham em hospitais que atendem pacientes com Covid. O vírus não escolhe se vai contaminar a pessoa da recepção, da segurança, da limpeza, o estudante que está fazendo a residência e que está atendendo esse paciente. Nós reivindicamos a vacinação imediata desses trabalhadores, se eles adoecerem o hospital para de funcionar”, explicou Mariane Siqueira, coordenadora do Sinditest.
De acordo com a assessoria jurídica do Sindicato, que impetrou um mandado de segurança para garantir a vacinação no CHC, o Plano Municipal de Vacinação expressamente arrolou os trabalhadores da saúde nos grupos “hospitais de referência ao atendimento da Covid-19”, “Distritos sanitários, setores administrativos de serviços de saúde e trabalhadores de saúde afastados por fatores de risco à Covid-19” e “cursos de nível superior e médio na área da saúde” na Fase 1 da vacinação.
“Nosso desejo, enquanto trabalhadores da saúde, é que toda população seja vacinada o mais rápido possível, pois sabemos que só assim conseguiremos reduzir a procura, os atendimentos, internações e as mortes por Covid-19. Só assim teremos melhores condições de trabalho. Estamos todas e todos exaustos e responsabilizamos o governo federal – e seus subalternos nos estados e municípios – pelo colapso do sistema de saúde, por menosprezar os efeitos da pandemia, por defender medicamentos que não funcionam, por organizar aglomerações, por desqualificar o uso de máscaras e ignorar ofertas de laboratórios produtores de vacinas no ano passado. No entanto, é necessário cuidar primeiro de quem cuida, pois se quem cuida ficar doente, quem vai cuidar dos doentes? Exigimos respeito ao Plano Nacional de Imunização o e reconhecimento da importância de nosso trabalho”, finalizou o coordenador sindical Evandro Castagna.
Confira abaixo as fotos do ato de hoje: