Preocupado em passar a mão na Previdência, Beto Richa usa aparatos só vistos na ditadura militar

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Professores estaduais do ensino fundamental, médio e universitários, estudantes, pais e mães, servidores da saúde, agentes penitenciários, servidores da justiça estão  lutando neste momento contra o roubo de R$8 bilhões do Paraná Previdência, caso o Projeto de Lei 252/15 seja aprovado. Para barrar a manifestação dos trabalhadores, o Governador Tucano montou um grande efetivo de polícias que cercam as proximidades do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa, uma cena criminosa e lamentável por si só.

Além da PM/ROTAM, tropa de choque e camburões, policiais com cães de guarda estão posicionados na ALEP!

Richa Richa desiquilibrou as contas do estado e agora precisa de ao menos R$250 mil por mês para tapar o buraco, por isso, tenta através de um verdadeiro estado de exceção, saquear o fundo previdenciário dos servidores do estado. Os servidores denunciam, é roubo disfarçado de legalidade, e exigem a retirada do PL 252. Ontem (27), o projeto passou pela primeira votação. Amanhã (29) deverá ocorrer a votação final. Estima-se que em aproximadamente cinco anos os trabalhadores não vejam mais nem a cor desse dinheiro.

Em assembleia nesta manhã os servidores da saúde decidiram pela greve por tempo indeterminado. Eliton Carlos da Silva, dirigente do SindSaúde-PR ressaltou que hoje a greve é dos servidores do estado como um todo. “A categoria entendeu que o ataque do governo é muito grande, o projeto está aí na assembleia e nós vamos tentar impedir a votação. O mais importante de tudo isso é a unidade dos trabalhadores do serviço público estadual”, assegura o diretor.

Os servidores do judiciário estadual fazem desde ontem uma paralisação de três dias. Muitos estão acampados na frente da ALEP, mesmo sofrendo retaliações das chefias. A dirigente do Sindjus-PR, Andrea Ferreira diz que  mesmo com a pressão das chefias, os trabalhadores estão na luta. “A gente tem um bom grupo, tem alguns inclusive que vieram de Santo Antônio do Sudoeste, mas a gente enfrenta grande dificuldade em alguns fóruns porque os juízes fazem pressão… Já recebi comunicado de Guarapuava que os juízes disseram que os trabalhadores vão levar falta! A pressão está grande pra cima de nós, mas estamos aqui. Já deu pra perceber que o judiciário está de mãos dadas com o governo né?! Mas nós, servidores do judiciário, não”.

Palavra de ordem dos manifestantes “Ei policial! Vai prender o Richa”!


Mais uma covardia! A violência policial foi usada durante esta madrugada!

Na madrugada de hoje os professores foram surpreendidos pela PM e pela tropa de choque enquanto dormiam no acampamento de greve. Os policiais tiraram o caminhão de som do local a base de intimidação, pois estavam em número muito maior, e utilizaram muito gás de pimenta. Oito professores ficaram feridos e precisaram de hospitalização. Para a professora da rede estadual Karen Capelesso, o governador é truculento e está tratando os professores como bandidos. “Esse é o tamanho do desespero do Beto Richa em colocar a mão no nosso dinheiro. Quem de fato a polícia deveria estar preocupada em prender por que quem tá roubando alguma coisa e é o dinheiro dos trabalhadores do serviço público estadual é o nosso governador”, afirma Karen. “É um momento histórico no Paraná não é uma luta só da educação é de todas as categorias e é importante que a população, inclusive os companheiros da base do Sinditest, venham se somar com a gente nessa luta”, finaliza.

Sinditest presente na luta!

O Sinditest está presente na luta, prestando solidariedade e apoio aos lutadores da saúde, educação e demais categorias. A diretora Carla Cobalchini denunciou a ação da polícia na madrugada e nesta manhã. “Mais uma vez o governador, mais uma vez os deputados utilizam a força pra tentar impedir a manifestação dos professores. Já houve repressão com bombas e gás de pimenta, mas com certeza a vontade e a garra dos trabalhadores é superior e nós vamos continuar lutando com eles”.

Richa tenta intimidar os servidores e chama força policial extremamente desproporcional. Uma cena de ditadura militar



Adriana Possan
ASCOM sinditest

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