Vacina já, ampliação dos recursos para o SUS, defesa das medidas de distanciamento social, não aos ataques aos serviços e servidores públicos. Estas foram algumas das pautas prioritárias encaminhadas na última plenária convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, partidos de oposição ao Governo Bolsonaro, além de juristas e representantes de diversas matizes religiosas. Na reunião, que contou com a participação de mais de 400 lideranças de todo o país, foram encaminhados ainda o calendário e as bandeiras de lutas, que contemplam, além do enfrentamento da crise sanitária, medidas para amenizar a crise econômica, como a retomada do Auxílio Emergencial, defesa do Programa de Proteção ao Emprego, luta contra o teto dos gatos e contra a reforma administrativa que pretende retirar direitos dos servidores públicos, bem como o enfrentamento da crise política, sintetizada pelo “Fora Bolsonaro, Impeachment Já!”.
O que mais nos atinge nas universidades é a política de desmonte dos serviços públicos e a perspectiva de aprofundar o arrocho salarial dos servidores e funcionários(as) públicos, teremos de resistir a isto. Algumas demandas, como auxílio emergencial e defesa do emprego, não estão relacionadas diretamente conosco nas universidades, porém, são importantes para melhorar o país e a vida de centena de milhares de famílias que passam fome, muito provavelmente de pessoas próximas de nossas famílias e vizinhos.
“Estamos vivendo um período de agravamento dos problemas que se arrastam desde o ano passado. Tudo isso colabora para que o impeachment de Jair Bolsonaro apareça como uma possibilidade real. As ruas já estão pedindo por isso, os protestos desse domingo não deixaram dúvidas. Infelizmente, as eleições para a presidência da Câmara e do Senado resultaram numa perspectiva de alinhamento ao governo federal e aos ataques aos direitos dos trabalhadores. Precisamos de vigilância e mobilização permanente para enfrentar a Reforma Administrativa, que tramitará no Congresso Nacional”, afirma o coordenador do Sinditest Marcello Locatelli, que participou como um dos representantes do Comitê Unificado de Lutas, espaço de unidade entre sindicatos e movimentos sociais de Curitiba.
Os participantes deliberaram também pela realização de plenárias estaduais para organização da mobilização nos municípios, pela constituição de comitês populares de saúde nos bairros e pela articulação das entidades de direitos humanos para denunciar Bolsonaro na comissão de direitos humanos na ONU e em outros fóruns internacionais. Estão previstos ainda atos ecumênicos comunitários em memória das mais de 220 mil mortes, apoio à CPI de investigação do Ministro da Saúde, Pazuello, e o fortalecimento da campanha dos profissionais da educação, que exige a vacinação da categoria como condição prévia para a retomada das aulas.
Confira todo calendário aprovado:
01/02 – Dia Nacional de Lutas e ato em Brasília na véspera da Eleição das presidências da Câmara e Senado (organizar assembleias, paralisações, atos nas áreas operacionais e locais de trabalho)
01 a 05/02 – Ato de Entrega do Pedido de Impeachment no Congresso
06/02 – Dia Nacional de Solidariedade e luta pelo auxílio emergencial
15 e 16/02 – Agitação Propaganda Carnaval
21/02 – Indicativo de Carreata Massiva
08/03 – Dia Internacional de Luta das Mulheres