Plano de saúde: Unimed propõe reajustes acima da inflação

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Em assembleia realizada na última quinta-feira (06), beneficiárias e beneficiários do plano de saúde Unimed ponderaram as cinco propostas de reajuste apresentadas pela Campeã, administradora do convênio oferecido pelo Sinditest-PR. São elas:

• Reajuste contratual de 25,75% ou,
• Reajuste de 18,20% mais aporte financeiro de R$ 1.897.916,60 ou,
• Reajuste de 15,50% mais aporte financeiro de R$ 1.924.773,91 ou,
• Reajuste de 10,08% (IGP-M) mais aporte financeiro de R$ 1.978.687,48;
• Troca dos planos atuais para o novo produto PLANO PLENO 50% com reajuste de 17,79%.

Na avaliação do Sindicato, a operadora, ao propor percentuais que extrapolam a inflação, busca forçar o encerramento do contrato, visto como pouco lucrativo pela Unimed. Em documento enviado à Comissão de Negociação, a empresa alega que houve um déficit acumulado no período de maio de 2021 a junho de 2022 que resultou na sinistralidade de 106,55%.

“A questão do aumento é uma coisa que hoje foge do controle da sociedade porque a legislação dá plenos poderes para os planos de saúde fazerem o que bem entenderem com os beneficiários. Eles têm um poder absurdo pra fazer esse tipo de proposta, que para nós soa como um ultimato. É uma proposta absurdamente indecente, temos até novembro para pensarmos e elaborarmos a nossa decisão, que não será fácil”, afirmou Marcello Locatelli, coordenador do Sindicato.

Frente aos valores sugeridos pela administradora, os participantes da assembleia – a maioria técnicas e técnicos aposentados – deliberaram pela realização de uma nova reunião no dia 18 de outubro para a apresentação de um parecer jurídico e do DIEESE. Também encaminharam a participação de um especialista em plano de saúde, bem como aumento no número de participantes da Comissão de Negociação.

Para o próximo ano, a assembleia aprovou viabilizar discussões com os parlamentares sobre as dificuldades com os planos de saúde e retomar as discussões com o Reitor da UFPR sobre este tema. Vale lembrar que a categoria sofre desde 2016 com o congelamento de salários e, mais recentemente, com o aumento da carestia, o que acaba impactando ainda mais o orçamento das trabalhadoras e trabalhadores que dependem do plano.

“Até o momento a gente tem procurado levar o plano mesmo com os aumentos justamente para evitar que as pessoas, aquelas que estão fazendo acompanhamento, fiquem sem atendimento, sem tratamento. Só que o número de pessoas que fazem parte desse grupo está diminuindo, porque o valor que está sendo cobrado a maioria de nós não está tendo condições de arcar. Todos os planos têm impedimento de doenças pré-existentes, é uma situação dramática. O que eles nos propuseram foi simplesmente ou aceitar ou cair fora”, afirmou Neide Brum, técnica aposentada que integra a Comissão.

O Sinditest-PR já está encaminhando com a sua assessoria jurídica um laudo a respeito das propostas da operadora. O horário da próxima assembleia, assim como o local, serão informados em breve.

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