Segue indefinida a situação das 2366 vidas cobertas pelo plano de saúde oferecido pelo Sindicato. A UNIMED rejeitou a contraproposta deliberada pelos(as) filiados(as): aumento de 20% na mensalidade, 30% na coparticipação e teto de R$50 por procedimento. A operadora está irredutível: exige que o acréscimo seja de 52,14% sobre o contrato atual. “Vamos marcar ainda para essa semana mais uma reunião com a UNIMED. Se a situação não mudar, partiremos para a judicialização”.
“Sexta eles nos enviaram uma resposta, não houve discussão. A Unimed respondeu ao nosso oficio com um e-mail de uma linha”, explica José Carlos de Assis, da direção do Sinditest.
Carlos Pegurski, coordenador sindical, completa: “a administradora dos planos de saúde indicou que negociaria mediante o aumento da coparticipação, mas mesmo com uma contraproposta nossa nesse sentido a Unimed respondeu em uma linha que não se dispunha a negociar. Por isso devemos ir à justiça”.
A ameaça de rescisão e a nova proposta de mensalidade têm tirado o sono dos filiados e filiadas cobertos pelo convênio. A operadora culpa os usuários mais velhos(as) pelo aumento e insiste na oferta de diferentes modalidades de plano para os novos(as) trabalhadores(as). “Somos contra, defendemos que todos tenham o mesmo plano, com as mesmas condições. Vamos defender os nossos aposentados e aposentadas, que são maioria entre os titulares. Ficaremos ainda mais fragilizados com essa divisão”, argumenta a comissão instituída para analisar o seguro.
“Tentamos tudo o que tínhamos pra tentar. Fizemos de tudo. Por mais esforço que tenhamos empenhado não foi possível reverter essa situação”, lamenta Neide Brun, membro da comissão.
Mensalidade mais cara
Nos dois últimos anos o custo do convênio praticamente dobrou. No entanto, pouco mudou nos salários dos trabalhadores e trabalhadoras. “Têm pessoas idosas adoecendo de preocupação”, pontuou João Gonçalves, da coordenação de Aposentados e Pensionistas.
Para uma das coordenadoras do Sinditest, Maria Aparecida de Oliveira, “o buraco é mais embaixo”. Ela explica: “quando foi pra gente lutar por um SUS de qualidade, que é uma obrigação do governo, que é nosso direito, não houve unidade, não houve luta. Agora estamos nessa situação, à mercê do plano de saúde”.
Negociação
Uma nova reunião com a administradora do plano será marcada ainda esta semana. Se não houver acordo, o Sindicato buscará os recursos jurídicos para tentar uma negociação e assegurar a manutenção do convênio.
Uma nova assembleia será marcada caso a operadora atenda aos pedidos de negociação dos(as) usuários(as). “Vamos ver o que acontece nessa reunião. De todo modo, já estamos reunindo a documentação necessária para recorrermos à Justiça”.
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Silvia Cunha,
Assessoria de Comunicação e Imprensa Sinditest-PR