A vida da mulher trabalhadora, que já não era fácil, ficou ainda mais difícil durante a pandemia .
Levantamento realizado por duas organizações – Gênero e Número e SOF Sempreviva Organização Feminista – mostra que as atividades domésticas e de cuidado passaram a ter mais peso neste período. Ou seja, as mulheres estão mais sobrecarregadas, ganhando menos e tomando para si a responsabilidade do cuidado de crianças , idosos ou pessoas com alguma deficiência . Vale lembrar que essas atividades, historicamente, são subjugadas e, na grande maioria dos casos, não-remuneradas.
Para a coordenadora do Sinditest Melissa Vicentini, a divisão sexual do trabalho é a raiz de todos os problemas apontados pela pesquisa. “Esse estudo é bastante interessante, pois deixa evidente que essa noção – que é tão retrógrada e tão presente nas nossas rotinas – acarreta muitas outras situações, inclusive capacitistas. Quem não entende essa questão da sobrecarga da mulher e da mulher que é cuidadora acha que está tudo bem, que nós estamos em casa, realizando as atividades do trabalho e, no meu caso e de muitas outras, dando conta de cuidar de uma pessoa com deficiência”, afirma.
Nosso Sindicato tem como premissa transformar essa realidade. Por isso, lutamos para que o trabalho doméstico seja distribuído de forma igualitária entre homens e mulheres, para que as trabalhadoras tenham condições dignas de trabalho e, sobretudo, para que todas as desigualdades sejam superadas. No link a seguir é possível acessar os dados da pesquisa na íntegra: http://mulheresnapandemia.sof.org.br/
E você, técnica da base do Sinditest, está se sentindo mais sobrecarregada diante desta crise?