Após anos de exploração do trabalho feminino nas fábricas e o silenciamento dos sindicatos, a luta das mulheres tomou voz no século XIX. Em 1910, a líder política Clara Zetkin, percebendo a força das mulheres, sugeriu que uma data fosse instituída. Em 1975, a Assembleia Geral das Nações Unidas convidou todos os Estados a declarar 8 de março como o Dia Internacional dos Direitos da Mulher.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR), na semana que antecede o Dia Internacional das Mulheres, participa da organização junto com os coletivos da UTFPR da Sede Centro do Campus Curitiba (Grupo de Gênero do PPGTE-GETEC, as estudantes do DCE-UTFPR, coletivos ENEDINA e EMILIAS, e professoras [SINDUTFPR]) para trazer para a comunidade da UTFPR a reflexão sobre o tema O Machismo Mata, com exposição de fotos sobre feminicídios no estado do Paraná e no Brasil.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, em 2018 foram 1.206 casos de feminicídio no Brasil. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (SESP), foram 61 feminicídios em 2018 e 73 de janeiro a outubro de 2019.
Na sexta-feira (6), à partir das 10h, está marcado o ensaio da performance “Estuprador é você”, com a comunidade da Sede Centro da UTFPR, para que ao meio dia todas e todos se unam e realizem o ato de repúdio ao assassinato crescente de nossas mulheres.
As mulheres da favela exigem paz
Todos e todas devem participar dos atos do 8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres. Trabalhadoras, donas de casa, desempregadas e sem teto, indígenas, negras e brancas, cis, trans e não-binárias, sobrepeso, deficientes e dependentes químicas, imigrantes e refugiadas, de todas as orientações religiosas, estudantes, universitárias, mães, idosas, adolescentes e crianças, moradoras de todas as regiões de Curitiba e Região Metropolitana feministas e demais. Mulheres diversas com uma luta em comum: contra o machismo, o racismo e a opressão de gênero!
Absorvendo Desigualdades
E não para por aí, o Sinditest-PR por meio da diretora de formação e política sindical, Aline Rafaela de Almeida, desenvolveu projeto Absorvendo Desigualdades, que propõe o incentivo ao compartilhamento de absorventes íntimos entre as mulheres nos espaços, como forma de absorvermos as desigualdades que existem entre as mulheres de participam do espaço público, criando uma rede de apoio entre essas mulheres e fortalecendo umas às outras.
Pois além de incluir as mulheres, é preciso garantir essa inclusão, minimizando as desigualdades para que elas participem ativamente dos espaços públicos. Uma dessas formas é elas poderem ter liberdade de ser mulher e menstruar como lhe é natural mês a mês, sem se sentirem constrangida por terem ou não absorvente nas suas bolsas.
Diante disso, foram confeccionamos 120 porta absorventes contendo 3 absorventes íntimos cada, que foram distribuídos na assembleia geral no dia 4 e encaminhadas para campus de base do Sinditest-PR.
Precisamos da força de todas as mulheres para garantir nossa paz, liberdade, dignidade e o direito ao trabalho, terra, educação, saúde, segurança, saneamento, livre crença religiosa, planejamento reprodutivo e igualdade de gênero.
Fonte: Sinditest-PR
