O Complexo Hospitalar de Clínicas não é uma fábrica! Desde o começo da implantação do ponto eletrônico/biométrico o SINDITEST-PR se posicionou criticamente em relação a sua implantação. Somos contra o ponto eletrônico/biométrico por entendermos que a forma desse registro não condiz com a função social de um hospital-escola. Nossa preocupação sempre foi no sentido do ponto eletrônico/biométrico se tornar um instrumento de coação, nivelamento e enquadramento de nossos trabalhadores e trabalhadoras. Em alguns casos, esses elementos se apresentam na forma de assédio moral institucionalizado pelo hospital ou pelas chefias de alguns setores.
A direção do SINDITEST-PR considera que muitas das regras estabelecidas pela direção do Complexo Hospitalar de Clínicas (em resposta a termo de ajustamento do MPT) as tornam inviáveis dentro da dinâmica de um hospital-escola. Sendo que este tem por função essencial a prestação da assistência de qualidade a uma parcela importante da população.
Por exemplo, fica muito clara a inviabilidade do uso efetivo da “passagem de plantão” dentro da margem estabelecida de 5 minutos de “tolerância” para o registro de entrada/saída. Em muitos setores, devido à complexidade na assistência, as passagens de plantão duram em torno de meia hora ou até um pouco mais.
Não cabe ao sindicato, nem aos trabalhadores, resolver problemas burocráticos da gestão do Complexo Hospitalar de Clínicas. Cabe-nos promover a mobilização da luta da classe trabalhadora por seus direitos e fazer enfrentamento político, caso haja necessidade. Neste sentido, o SINDITEST-PR não admitirá qualquer tipo de desconto em folha ou corte de ponto dos trabalhadores de sua base (RJU, FUNPAR e EBSERH) devido ao uso do ponto eletrônico/biométrico. Assim como no exercício do direito de greve aprovado em assembleia geral da categoria. Também não admitiremos qualquer tipo de práticas de assédio moral, coação ou ameaças por parte das chefias imediatas. Caso isso venha a ocorrer, o sindicato tomará medidas sindicais cabíveis para defender os trabalhadores e trabalhadoras.
Caso os(as) trabalhadores(as) não consigam bater o ponto na margem de horário de entrada/saída estabelecida, orientamos aos trabalhadores e trabalhadoras a justificar o ocorrido como “passagem de plantão”.
O mesmo se dá quanto ao intervalo, pois a prioridade do(a) trabalhador(a) é sua função laboral, muitas vezes em decorrência da necessidade de assistência direta ao paciente. Reforçamos que o SINDITEST-PR não admitirá qualquer tipo de desconto em folha ou corte de ponto dos(as) trabalhadores(as) que venha a ser praticado em decorrência da instrumentalização do uso do ponto eletrônico/biométrico.
O SINDITEST-PR enviará um ofício à direção do Complexo Hospitalar de Clínicas solicitando esclarecimentos sobre as “novas regras” de registro do ponto eletrônico/biométrico. Assim como uma reunião com a direção do complexo para discutir esse tema.
“Se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence.”
Direção colegiada SINDITEST-PR