Na manhã desta terça-feira (1º), os trabalhadores técnicos-administrativos em greve do Campus Campo Mourão da UTFPR foram surpreendidos, ao chegar na Universidade, com um ataque à luta da categoria contra a PEC 55 (“nome” da PEC 241 ao chegar ao Senado). As faixas do movimento foram rasgadas e, sobre cartazes, havia xingamentos e mensagens depreciativas.
Ofensivas como essa, que tentam desestimular e criminalizar a luta dos movimentos sociais, tem sido constantes, mesmo nas escolas e nas universidades. Trabalhadores da educação e estudantes são, hoje, expoentes de enfrentamentos importantíssimos na garantia de direitos e de um serviço público de qualidade, com resistência das patronais, da mídia e de segmentos que funcionam como milícias do pensamento conservador.
Não abriremos mão da luta por uma Universidade Pública, gratuita, universal, laica, de qualidade e socialmente referenciada. Não abriremos mão da luta por outra sociedade. A Universidade que queremos e os rumos que a sociedade brasileira precisa passarão, necessariamente, pelo debate democrático. Ataques como os ocorridos nessa manhã apenas reafirmam a importância de os trabalhadores erguerem sua voz contra os desmandos de um governo contrário aos interesses da população e em defesa de uma Universidade que exista para além das relações utilitaristas.
Curitiba, 1º de novembro de 2016
Assembleia Estadual do SINDITEST-PR