Nota de apoio do Sinditest-PR à Greve dos Petroleiros e Petroquímicos

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A luta das trabalhadoras e trabalhadores da Petrobras é a mesma que a nossa. Lutamos pela soberania nacional, pela segurança alimentar, pela manutenção de empregos e contra a privatização dos bens e serviços públicos.

Mais de cem unidades do Sistema Petrobras já aderiram à Greve dos Petroleiros e Petroquímicos, iniciada no último dia 1º de fevereiro. Trabalhadoras e trabalhadores estão diante de perversos ataques do governo federal contra a categoria, não apenas com o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, mas também com milhares de demissões e fechamento das empresas subsidiárias Ansa e Fafen-PR, unidades da Petrobras que produzem fertilizantes nitrogenados em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

A soberania nacional e a autossuficiência de petróleo estão ameaçadas com ataques que buscam desmantelar a Petrobras e entregá-la ao capital internacional. A empresa pública é referência nas tecnologias de energia, derivados de petróleo e combustíveis, tecnologias que muitas vezes são desenvolvidas em parceria com as Universidades Públicas, onde nós trabalhamos.

As subsidiárias Ansa/Fafen-PR são uma indústria única no país, que produz fertilizantes fundamentais para setores como a agricultura e a pecuária. Por isso, sem ela, o preço dos alimentos, em especial o da carne, irá subir, além de aumentar o risco de uso de produtos substitutos inadequados na suplementação alimentar do rebanho, com formol, que são prejudiciais à saúde de toda a população brasileira. Fechar o complexo Ansa/Fafen-PR é uma ameaça à nossa segurança alimentar.

O fechamento das fábricas de Araucária é um desastre tanto para as famílias das trabalhadoras e trabalhadores de Araucária, quanto para quem depende dos produtos dela e não tem condições de importar. O efeito cascata na pecuária nacional – principalmente para os menores produtores – será gigantesco.

Além disso, as demissões violam o Acordo Coletivo de Trabalho negociado entre os sindicatos e a federação dos petroleiros e a diretoria da empresa. A greve tem o objetivo de fazer cumprir o acordo assinado por todos.

Também apoiamos a luta pela mudança da política de preço dos combustíveis e do gás, que vem arrochando ainda mais o salário das trabalhadoras e trabalhadores do Brasil. A política da diretoria da Petrobras e do governo Bolsonaro é a verdadeira responsável pelos altos preços.

Estamos com vocês, petroleiros e petroquímicos! A luta de vocês por um país melhor e soberano é nossa também!

Diretoria do Sinditest-PR

Fonte: Sinditest-PR

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