Na última quinta-feira, dia 14, o Presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta de distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de vulnerabilidade social, sob a alegação de falta de recursos. O Sinditest entende a higiene menstrual como uma questão de saúde pública e repudia o descaso do Presidente ante uma medida tão necessária.
A proposta de distribuição dos absorventes é a principal resolução do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que visa combater a pobreza menstrual. A pobreza ou precariedade menstrual é causada pela falta de acesso a produtos de higiene menstrual, e afeta sobretudo as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Um dos principais impactos da falta dos absorventes é a dificuldade para executar atividades do dia a dia com conforto e segurança, durante cada ciclo menstrual. Estudos apontam que 1 em cada 4 jovens já deixou de frequentar um dia de aula por não ter meios para garantir o item.
Assim sendo, o Sindicato também entende que cabe ao Estado fornecer os recursos necessários para a manutenção da saúde e higiene menstrual de pessoas que menstruam; e assegurar a integridade humana destas pessoas.
O histórico do Presidente é carregado por inúmeras falas sexistas e ataques às mulheres. Em todas as oportunidades, Bolsonaro se coloca contra as pautas e demandas de gênero e a misoginia do Presidente encontra eco inclusive no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos cuja ministra Damares Alves, lamentavelmente, saiu em defesa do Presidente.