Na última sexta-feira, dia 27, o Ministério da Educação anunciou um corte bilionário nas universidades e institutos federais. O documento prevê a retirada de 14,5% do orçamento, o que equivale a uma redução de cerca de R$14 bilhões dos recursos. A medida afeta diretamente a atividade das instituições e a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica no ensino público superior, visto que haverá cortes nos recursos para a assistência estudantil.
Em uma tentativa de desmoralizar o movimento pela recomposição salarial dos servidores públicos, o qual a base do Sinditest-PR também faz parte, o governo argumenta que o corte será feito para permitir o reajuste de 5%, reivindicado pela categoria. No entanto, a justificativa é desproporcional, pois não é necessário fazer mais cortes na educação para se conceder o direito à recomposição salarial. Vale lembrar que este reajuste tampouco cobre o valor real da defasagem, que hoje atinge 19,99%.
Em um país governado por líderes negacionistas, a política de governo sempre será a do retrocesso. Precisamos lutar contra os volumosos cortes orçamentários, além da cobrança de mensalidades nas universidades públicas. Cada vez mais a educação, a saúde e a ciência são ameaçadas no Brasil pelo governo bolsonarista. E apesar do retrocesso, a universidade pública continua desempenhando um importante papel no desenvolvimento científico e tecnológico do país. Não podemos permitir mais este golpe!