Nota da direção do SINDITEST sobre a negociação do ponto da greve de 2016 na UTFPR

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No último dia 19, a direção do SINDITEST se reuniu para discutir o processo de negociação do ponto da greve de 2016 na UTFPR considerando as deliberações da reunião da direção com os/as delegados/as de campus, nos dias 4 e 5 desse mês, e o ofício enviado pela Reitoria da UTFPR em que estabelece o dia 2 de junho como prazo para retorno da posição da categoria sobre a minuta apresentada.

A posição abaixo foi aprovada por unanimidade e tem o objetivo de contribuir no debate das assembleias de base, que são as instâncias de decisão da categoria.

1.    Desde dezembro de 2016, a direção do sindicato, junto aos delegados de campus, têm acompanhado detalhadamente a situação do ponto da greve de 2016. Em um breve retrospecto, tivemos uma primeira reunião com a Reitoria em 21 de dezembro do ano passado. Discordamos do entendimento da Reitoria e voltamos a nos reunir com ela, em 23 de janeiro, em reunião para a qual todos os diretores e delegados sindicais foram convocados.

Em 31 de janeiro, orientamos por email uma rodada de assembleias. No dia 23 de fevereiro, houve nova reunião com a Reitoria da UTFPR. No dia 2 de março, mandamos novo email convocando reunião entre a direção e os delegados e, nos dias 7 e 20 de março, voltamos a nos reunir com a Reitoria. No dia 27 de março, fizemos nova reunião entre a direção do sindicato e os representantes de base de forma a preparar nossa intervenção em reunião agendada com a Reitoria para o dia seguinte.

No dia 4 de maio, nos reunimos entre a direção do SINDITEST e os representantes de base mais uma vez para organizar nossa intervenção na reunião com a Reitoria que ocorreria no dia 5. Por fim, após a manifestação recente da Reitoria em relação ao dia 2 de junho, nos manifestamos na presente nota e convocamos nova reunião sindical para os próximos dias, em data a ser confirmada.

2.    Se não bastassem os ataques contra os trabalhadores em âmbito nacional, a categoria precisa enfrentar a postura intransigente da Reitoria, que se esconde atrás de um legalismo conveniente e seletivo e pune os trabalhadores que exerceram seu legítimo de direito de greve. Isso mostra o verniz da Reitoria já em seu primeiro ano de mandato e deve pautar a nossa relação no próximo período: nenhuma confiança em quem lava as mãos diante de quem luta por uma educação pública de qualidade e por serviços públicos melhores. Nossa resposta será mais mobilização!

3.    Entendemos que o acirramento da conjuntura, que dá tom às contrarreformas trabalhistas e da previdência que tramitam no Congresso, é o mesmo movimento que levou o STF a, na prática, legislar sobre a greve no serviço público no sentido de criminalizar as lutas.

Nem o Executivo, nem o Legislativo, nem o Judiciário se comportam em favor dos trabalhadores, vide os escândalos recentes, o que nos leva a não confiar que a judicialização resolverá os problemas da categoria. Ao mesmo tempo, o entendimento de que a Reitoria deseja punir os/as trabalhadores/as faz crer que ela possa cortar o ponto dos/as trabalhadores/as, de fato. Nesse sentido, em decisão unânime da direção do sindicato, orientamos os/as trabalhadores/as da UTFPR a aderir ao acordo proposto pela Reitoria, de forma a evitar a compensação integral de horas no local de trabalho ou o desconto na folha de pagamento. Acreditamos que essas medidas provocariam um refluxo nas lutas que vêm pela frente, como o Ocupa Brasília, em 24 de maio, e outras greves gerais.

Curitiba, 19 de maio de 2017.

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