No Complexo Hospital de Clínicas (CHC), a mobilização para o dia de luta começou cedo nesta sexta-feira (14). Os trabalhadores começaram a se concentrar para as atividades da Greve Geral contra a Reforma da Previdência às 6h30, quando participaram de um mutirão para confecção de cartazes.
Apesar da pauta principal da convocação das centrais sindicais ser a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2018, o segmento também aproveitou para reforçar as reivindicações de suas pautas específicas.
Para os TAEs do HC, a Greve também foi pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos trabalhadores da Funpar e da Ebserh, e em defesa dos empregos da Funpar – uma das lutas mais importantes do sindicato em 2019. A exigência de melhores condições de trabalho e a defesa das universidades públicas também foram lembrados.
Em seguida, os trabalhadores saíram em caminhada até o pátio do campus Reitoria da UFPR, onde encontraram o restante da categoria. Por lá, foram recebidos com um café da manhã e apresentações musicais que embalaram a luta.
Com o decorrer da manhã, docentes e estudantes da Universidade também começaram a chegar. Após um período de concentração, a comunidade acadêmica saiu em direção à Praça Santos Andrade com a Marcha da Educação. A manifestação foi voltada especificamente à defesa das instituições federais de ensino superior e do Hospital de Clínicas.
Por fim, em frente ao Prédio Histórico, a categoria compôs o ato unificado com milhares de trabalhadores, que aderiram à Greve Geral para defender a Previdência Social, os serviços públicos e os direitos constitucionais de toda a população. A manifestação percorreu o centro da cidade e acabou na Boca Maldita.
Dia de Greve contra a Reforma da Previdência
A Greve Geral levou mais de 45 milhões de trabalhadores às ruas de mais de 300 cidades em todo o Brasil, com um único objetivo: barrar as ameaças aos direitos que foram duramente conquistados pela classe trabalhadora após décadas de luta e organização.
A principal bandeira do dia foi a luta contra a Reforma da Previdência. Se aprovada, a proposta irá destruir a seguridade social – atingindo em cheio o Sistema Único de Saúde (SUS) e a assistência social por tabela – e criar uma série de novos obstáculos para que o trabalhador consiga se aposentar.
Reproduzindo um modelo previdenciário que se mostrou um desastre em 30 países e impondo um sistema de capitalização que irá reduzir os proventos dos aposentados, a PEC 6/2019 quer multiplicar os lucros do mercado financeiro enquanto alimenta as desigualdades sociais.
Diante das últimas investidas do Governo Federal contra a educação pública, a Greve Geral também incorporou a defesa das universidades de forma significativa. Estudantes, trabalhadores da educação e até mesmo outras categorias lembraram que não há futuro em um país que precariza propositalmente instituições públicas federais de ensino e a pesquisa científica.
Fonte: Sinditest-PR