Em reunião realizada em 01 de novembro de 2016, com a presença de alguns(as) servidores(as) do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná (SiBi-UFPR), aprovou-se uma moção de apoio aos(as) demais servidores(as) do SiBi-UFPR que se posicionam favoráveis a greve. O objetivo é fortalecer o movimento paredista em um cenário político extremamente ameaçador aos direitos constitucionais do povo brasileiro em relação à Educação, a Saúde e aos Benefícios Sociais. Essa greve representa o descontentamento da categoria, não apenas enquanto trabalhadores(as), mas também como cidadãos(ãs), diante das medidas do atual governo de enfraquecimento dos serviços públicos, que destina metade do Orçamento Geral da União para pagar juros e amortização da dívida pública, enquanto propõe por meio da PEC 241/2016 (agora PEC 55/2016 no Senado) o limite das verbas para os serviços públicos, desrespeitando o direito constitucional garantidos em 1988.
Este grupo compreende as necessidades de cada unidade que forma o Sistema de Bibliotecas e respeita a autonomia de cada chefia sobre as decisões inerentes a estas particularidades. Entretanto, lembramos que a adesão ou não à greve é uma decisão pessoal. O(a) servidor(a) que tiver um entendimento favorável aos motivos do movimento e desejar aderir, pode fazê-lo. A greve é um direito constitucional do(a) servidor(a).
Sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao corte de ponto para servidores(as) públicos(as) em greve, destaca-se o parecer da Fasubra:
“[…] será válida apenas a partir da publicação do Acordão do Supremo, porém, ainda cabe recurso da decisão do STF para lutar contra o corte dos nossos salários. Cabe ressaltar que o alcance dos efeitos da decisão do STF ainda está em análise por diversas assessorias jurídicas de servidores públicos, que os recursos e a publicação de acórdão ainda não ocorreram e que seguimos defendendo a autonomia universitária. […] o Governo não pode obrigar os gestores a cumprirem uma decisão que sequer foi publicada.”
Considerando as atuais disparidades de atuação na greve entre as unidades do Sistema de Bibliotecas, o grupo lista, como sugestão, algumas ações para as bibliotecas que optarem por continuar com o atendimento ao público, de maneira que o movimento como um todo não seja enfraquecido:
– Adotar uma carga horária máxima de atendimento ao público de seis horas semanais, divididas em no máximo dois dias da semana. Preferencialmente que não conflite com a agenda de atividades do Comando Estadual de Greve;
– Inibir o acesso ao espaço físico das bibliotecas que adotarem o atendimento ao público, mantendo apenas os serviços de devolução e empréstimo;
– Realizar o serviço de empréstimos na porta de entrada da biblioteca, solicitando aos(as) usuários(as) que tragam os números de chamada dos materiais anotados, considerando que o sistema de gestão do acervo online (acervo.ufpr.br) está disponível ininterruptamente;
– No ato do serviço de empréstimo e devolução entregar panfletos que expliquem o movimento de greve aos(as) usuários(as). Os folders podem ser solicitados ao Comando Estadual de Greve pelo site “www.sinditest.org.br/contato”.
– Colocar cartazes e folders explicativos sobre o movimento nos espaços próximos à entrada da unidade e nas portas das bibliotecas. Os cartazes e folders podem ser solicitados ao Comando Estadual de Greve pelo site “www.sinditest.org.br/contato”.
– Para os demais serviços, orientar aos(as) usuários(as) que utilizem o formulário de solicitações de atendimento por intermédio do Comitê de Ética, encaminhando-se a Sede do Sindicato para preenchimento do formulário de solicitação (Av. Agostinho de Leão Júnior, 177 – Alto da Glória, Curitiba – PR). Para quaisquer dúvidas entrar em contato com o Comando Estadual de Greve pelo site “www.sinditest.org.br/contato”.
– Que todos os(as) servidores(as) do SiBi-UFPR participem das ações promovidas pelo Comando Estadual de Greve, a fim de fortalecer o movimento e lutar pelos seus direitos. A agenda está disponível em “www.sinditest.org.br/agenda”.
Este é um momento de união e fortalecimento da nossa categoria. Deixamos a reflexão da Fasubra :
“Não podemos nos deixar vencer pela insegurança, mas sim tentar tornar ainda mais sólida nossa unidade. A lei não deve existir para privilegiar e proteger somente um lado. Se ela é injusta, temos que nos movimentar para mudá-la! Nada é tão forte que não seja passível de mudanças! O nosso grande medo deve ser o de viver num país sem direitos, sem educação, sem saúde, sem perspectivas, sem futuro! Se aumentam os ataques, aumenta a nossa mobilização!”
Curitiba, 03 de Novembro de 2016.