Menos juridiquês e mais sensibilidade, reivindicam os(as) técnicos administrativos

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Traballhadores(as) lutam por valorização e respeito

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Ano novo, gestão nova na Reitoria, lutas velhas. Sim, porque não é de hoje que os (as) técnico-administrativos reivindicam a ampliação e implementação das 30 horas em todos os campi da UFPR. Também é antiga a reivindicação por qualificação como é exemplo o mestrado profissional; a revogação do reajuste dos restaurantes universitários, implantado de forma arbitrária, em plenas férias e sem qualquer discussão com representantes da comunidade universitária.

A lista de reivindicações é grande e está também o abono do ponto no período da greve, quando os(as) técnico-administrativos paralisaram suas atividades, com respaldo do Conselho Universitário, para lutarem contra a PEC 55, que precariza o atendimento nas áreas de educação e saúde.

ACT FUNPAR

Também na pauta está o cumprimento integral do ACT – Acordo Coletivo dos(as) trabalhadores(as) da FUNPAR, que seguidamente sofrem com atrasos no pagamento, no vale transporte e no não depósito do fundo de garantia. Agora em janeiro, a Reitoria garantiu o pagamento do salário, no entanto, os demais direitos trabalhistas aguardam orçamento.

Não são os(as) trabalhadores(as) que devem ser penalizados por uma debandada em massa de dirigentes do HC, na mudança da nova Reitoria, e nem por orçamentos apertados que não privilegiam os direitos trabalhistas básicos. Estes direitos de quem atua no HC há 20, 30 anos, NÃO PODEM ser descumpridos, negligenciados. Vamos aguardar o andar da carruagem e o cumprimento das promessas.

RUs mais baratos

O autoritarismo, a falta de transparência quando a Reitoria reajustou o preço das refeições nos restaurantes da Universidade não apenas demonstrou total desrespeito à comunidade universitária, em especial com os(as) técnico- administrativos que tiveram um aumento de mais de 300%, mas também, evidenciou grande inabilidade política e total falta de sensibilidade.

Por representar um dos três pilares humanos da UFPR e prestar atendimento qualificado nos diversos campi da Instituição, a categoria merece ser ouvida, merece respeito. Além disto, os (as) trabalhadores(as) da FUNPAR/HC, também representados pelo Sinditest, estão com dificuldades para absorver esse reajuste (de R$1,90 para R$6,00) já que, em média, recebem salários em torno de R$1.000,00.  A solução para o problema, portanto, é urgente.

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Pautas básicas e antigas

Estas são apenas algumas das pautas básicas apresentadas pelo Sinditest, entidade que representa os(as) técnico-administrativos da Instituição e da FUNPAR/HC, além dos(as) profissionais da UTFPR e UNILA. Para conhecer a disposição da nova Administração, acerca de pautas importantíssimas para a categoria, o Sinditest solicitou que a Reitoria da UFPR se posicionasse, por escrito, sobre os seguintes temas: revogação do reajuste dos RUS; abono do ponto na greve; implantação e implementação  das 30 horas; e mestrado profissional.

Sobre o valor em vigor dos preços dos RUs, a Reitoria comunica que “caso não haja nenhuma proibição expressa de algum dos órgãos de controle, a redução do valor dos restaurantes universitários para os técnicos administrativos acontecerá já no mês que vem, fevereiro”. Ricardo Marcelo garante que está estudando o assunto e que tratará a questão com total transparência. Ok, a noticia é positiva. Vamos aguardar.

30 horas

Com relação à manutenção e ampliação das 30 horas, a Reitoria se manifestou favorável, já que “no mundo do trabalho em que vivemos a produtividade não se computa mais pelo relógio de ponto”. Além disto, defende  que “uma jornada de 30 horas semanais pode sim ser um instrumento de melhoria e otimização dos serviços”.

Mas, sempre tem um MAS, a posição da Reitoria é de que além do interesse institucional seja observada a questão da segurança jurídica, evitando-se, assim, eventuais riscos futuros indesejados. Defende, também, “o diálogo com as instâncias de controle – que estão acompanhando muito de perto a implementação das 30 horas na UFPR”. Por isso, “devemos dar cada passo com observância estrita ao decreto 1590/1995”. Pelo visto, a novela vai continuar e a luta não pode parar.

Corte do ponto

Sobre o corte de ponto durante o período da greve, quando os(a) trabalhadores(as) paralisam as atividades para tentar barrar medidas que afetam diretamente a área de atuação da categoria, Ricardo Marcelo disse “lastimar o grande retrocesso que foi implementado pelo nosso Supremo Tribunal Federal no final do ano passado, ao estabelecer, com repercussão geral, novos parâmetros da greve dos servidores públicos”. Andamos, comenta o reitor, “algumas décadas para trás, infelizmente, e teremos que lidar com isso”.

Medidas jurídicas alternativas e mais adequadas são estudadas pela Reitoria “para não afetar o sagrado direito dos servidores de fazerem a sua mobilização e sua luta, ao mesmo tempo em que não violemos as regras hoje vigentes para todo o funcionalismo estatal”, ressalta o reitor. Conclusão: o que os(as) trabalhadores(as) querem saber é se o ponto será abonado ou não? Uma posição da Reitoria é fundamental para que esse clima de insegurança seja extirpado definitivamente. Vale lembrar que a questão legal é importante, no entanto, cargo de reitor exige posições políticas, escolhas.

Mestrado profissional

Oportunidades de qualificação como é o caso do mestrado profissional, reivindicação essa apresentada por um contingente expressivo da categoria não é, segundo Ricardo Marcelo, um assunto meramente corporativo. Ele deve ser considerado como objetivo estratégico para uma Universidade que queira atingir um patamar superior. Por isso, defende o reitor,” temos que aumentar e incrementar as possibilidades de acesso dos técnicos administrativos às especializações, aos mestrados (sejam acadêmicos ou profissionais) e mesmo ao doutorado, além de formas de capacitação mais especificas e pontuais.

O dirigente aventa a possibilidade de integrar o mestrado para os técnicos da rede PROFIAP (da ANDIFES), bem como a criação de um mestrado profissional nos moldes que foram recém-aprovados pela UFMG. Também apresenta como opção a criação de propostas específicas de programas de pós-graduação perante a CAPES/MEC.

As ideias podem ser interessantes, mas melhor serão quando elas efetivamente saírem do papel e virarem realidade. Os técnicos administrativos aguardam ansiosamente.

Até o fechamento do jornal do Sinditest (18 horas do dia 17) não recebemos as respostas da Reitoria da UTFPR, a quem também foi solicitado posicionamentos acerca de pautas importantes para a categoria técnico-administrativo da Instituição. O prazo foi estendido em duas ocasiões, mesmo assim, as respostas não chegaram a tempo de integrar esta edição. No próximo número, a Comunicação do Sinditest tentará, novamente, um posicionamento da Reitoria da UTFPR.

Clique aqui e confira esta e outras matérias da última edição do Jornal do Sinditest-PR.

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