Marcha do 8M em Curitiba exige respeito a todas as mulheres

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Mulheres trabalhadoras, estudantes, negras, lésbicas, LBTI’s, com deficiência, camponesas. Todas foram lembradas, as violências que as acometem foram denunciadas e seus direitos exigidos na marcha do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em Curitiba. A manifestação teve início às 18h, na Praça da Mulher Nua (Dezenove de dezembro), passou pela Praça Tiradentes e encerrou por volta das 21h15, na Boca Maldita.

Em cinco atos, manifestantes de diferentes etnias, sexualidades e categorias profissionais protestaram por mais oportunidades e visibilidade para a mulher na política; pela soberania do corpo feminino, das riquezas naturais de nosso país e de nossa mídia; contra o racismo e a LGBTfobia; contra os estupros e feminicídios; e contra a retirada de direitos das trabalhadoras.

A marcha teve início com um ato sobre a invisibilidade da mulher na política. “Nós nos queremos vivas e vivas nos queremos em todos os lugares, nos espaços de poder, no sindicato, no movimento, na política, e é por isso que esse ato é importante. Os homens não precisam falar por nós. Nós temos voz! Nós temos condições de elaborar politicamente, nós temos condições de organizar a luta. Ninguém avança, nenhum partido, nenhum sindicato, nenhum movimento avança se deixa uma mulher para trás”, afirmou a coordenadora de Comunicação e Imprensa do Sinditest, Carla Cobalchini.

Os atos contaram com diversos recursos para chamar a atenção e comunicar as diferentes pautas. Foram utilizados retroprojetor, instrumentos de percussão, esquetes teatrais e elementos simbólicos. No ato pela soberania, por exemplo, a Rede Globo foi queimada em um caldeirão da bruxa, para representar a luta por uma imprensa que não seja aliada à elite, patronal e conservadora.

O Sinditest também participou do ato de encerramento: “Mais direitos, nenhum retrocesso”. Várias categorias profissionais foram representadas por mulheres com trajes e uniformes de trabalho. Em um latão com fogo, as trabalhadoras iam ateando pedaços de papel com tudo o que não queriam: terceirização, retrocesso, Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, trabalho escravo.

As mulheres empunharam cartazes que de um lado tinham a imagem da carteira de trabalho, e do outro, denunciavam o trabalho escravo, a exploração da mão de obra de costureiras por grandes marcas de vestuário, o desmonte da aposentadoria, dentre outros abusos. “Esse presidente ilegítimo, golpista, acha que vai atacar as mulheres trabalhadoras sem a nossa resistência? Isso não vai acontecer. Esse 8 de março também marca a nossa resistência e luta contra os ataques às mulheres trabalhadoras”, declarou a coordenadora de Administração e Finanças do Sinditest, Mariane Siqueira.

Uma artista com pernas de pau representou a “República Acorrentada”, presa pelo Judiciário parcial, pelo retrocesso dos direitos e pelo pensamento machista. Ao fim do ato, a “República” foi libertada, e vestida com a capa da “República Democrática e Feminista”. O ato encerrou com fumaça colorida e com o show da banda Horrososas e Desprezíveis, na Boca Maldita.

8M no interior

Em Palotina e Toledo, as técnicas da UFPR participaram de uma roda de conversa sobre experiências cotidianas das mulheres, promovida pelo Sinditest, APP-Sindicato e APUFPR-Ssind.

NoRestaurante Universitário do câmpus  Palotina e também em Toledo, foi realizada a exposição da artista plástica Cláudia Mallmann. Com retalhos de tecido e tinta preta, a artista promove reflexões sobre a violência contra a mulher.

Em Foz do Iguaçu, as mulheres da base do Sinditest também participaram da marcha do 8M na cidade.

Trabalhadoras do câmpus UTFPR Santa Helena no Dia Internacional da Mulher.

Clique aqui e confira todas as fotos do ato.

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