Maior Greve Geral da história reúne 30 mil em Curitiba

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Levando 30 mil às ruas em Curitiba e parando serviços como o transporte público e a coleta de lixo, o 28 de abril ficou marcado como o dia da maior greve geral da história brasileira. A paralisação contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e as terceirizações foi organizada pelo conjunto das centrais sindicais e mobilizou diversas categorias de trabalhadores(as) em todo o país, além de estudantes universitários(as) e secundaristas.

O 28A representou uma continuidade do 15M – dia de paralisação de março – e mostrou a disposição crescente da classe trabalhadora para resistir e enfrentar a retirada massiva de direitos do governo Temer.

Em Curitiba, além da base do Sinditest, aderiram à greve motoristas e cobradores(as), trabalhadores(as) do asseio e coleta de lixo, dos Correios, metalúrgicos(as), servidores(as) da Saúde, professores(as) das redes pública e privada, entre outros(as).

Mesmo sem ônibus, a greve conseguiu mobilizar 30 mil manifestantes contra o desmonte da aposentadoria e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Iniciado na Praça Nossa Senhora de Salete, sede do governo do Estado, o ato público foi do Centro Cívico até a Praça Tiradentes, passando pela sede da FIEP – representante do empresariado e patrocinadora dos ataques aos(as) trabalhadores(as).

Em frente à Catedral Nossa Senhora da Luz, onde teve fim, a manifestação contou com o pronunciamento de um representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade que se posicionou contra as reformas de Temer. O apoio das religiões à luta da classe trabalhadora emocionou os(as) manifestantes. Um bloco de freis franciscanos que se somou ao ato, por exemplo, chamou a atenção de todos(as).

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“A tática de unidade entre as centrais sindicais foi muita acertada. A luta unitária trouxe a vitória de uma manifestação massiva, que aponta para uma jornada de lutas maior que o junho de 2013. Isso quer dizer que vai ter outra greve geral, maior e mais qualificada. Existe uma proposta para uma nova data, com no mínimo dois dias de greve geral e caravana a Brasília para derrubar as reformas”, informa o coordenador geral do Sinditest Carlos Pegurski.

Ele analisa que, diferentemente do 15M, a greve não ficou restrita às cidades maiores, mas engajou muitos(as) trabalhadores(as) e estudantes estado afora, como em Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Dois Vizinhos, Londrina e Ponta Grossa, entre outros municípios.

“Os(as) trabalhadores estão com um sentimento de que não há nada a perder, e estão indo para a luta com toda a força. É possível que a gente vença essa queda de braço. Os deputados e deputadas estão fragilizados. Ao contrário do Temer, eles pensam nas eleições, e não querem perder votos de suas bases. Nós podemos derrotar essas reformas”, afirma.

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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