Os aposentados e aposentadas da base do Sinditest-PR lutam há anos pelo estabelecimento de um plano de saúde institucional pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Considerando o tamanho e força das Universidades, a implementação de convênios pelas instituições tem potencial para estabelecer contratos consistentes e negociações mais favoráveis aos beneficiários, entre eles técnicas e técnicos administrativos em educação (TAEs).
A aposentada Neide Brun, que já integrou diversas comissões de análise e estudo sobre o plano de saúde para os TAEs, avalia que o plano de saúde institucional seria a saída mais viável para a base do Sindicato.
“Nos grupos, a gente avaliou que outras universidades já tinham implantado um sistema de plano de saúde pela instituição. Então nós achamos que seria uma alternativa para nossa melhora de situação. Todo ano é a mesma agonia, como está acontecendo agora, de chegar no período de encerramento do contrato e ficar aquela discussão de vai continuar, não vai continuar”, declarou a aposentada.
Na tentativa de ampliar o debate sobre a iniciativa, Neide também participou pelo Sindicato de reuniões com a gestão da UFPR, representada pelo Reitor Ricardo Marcelo da Fonseca. A aposentada relata que as discussões começaram quando professor Ricardo apresentou a primeira campanha como candidato, e o solicitaram que, caso eleito, avaliasse a possibilidade de implantar um plano de saúde pela universidade. No entanto, após empossado, o Reitor não levou adiante a proposta.
“Isso é uma coisa que os reitores, os administradores em geral costumam fazer muito bem, dizerem que vão avaliar e discutir e não fazem nada. É nítido que ele não quis assumir um compromisso nesse sentido”, afirmou Neide.
Apesar dos esforços do Sindicato e dos filiados e filiadas, a gestão da UFPR justificou que a Universidade não tem a estrutura financeira necessária para suportar o plano de saúde, isto é, eventualmente, os não pagamentos.
Como são os planos de saúde em outras bases
Todavia, outras universidades já conseguiram estabelecer o plano de saúde institucional e mantê-lo ativo, é o caso da UTFPR, umas das universidades de base do Sinditest-PR.
“As técnicas e técnicos da UTFPR tem a opção de manter o plano de saúde da Universidade mesmo após a aposentadoria. No entanto, também há aposentados e aposentadas que optaram pelo cancelamento deste benefício”, afirmou Elizeu Horta dos Santos, coordenador do Sinditest-PR.
Na Unila, as técnicas e técnicos enfrentam uma situação semelhante aos TAEs e aposentados da UFPR. A Universidade não oferece um plano de saúde institucional e o benefício é garantido por convênios firmados pela Associação de Servidores Federais de Foz do Iguaçu (ASFEFI), ou também pelo IF.