Leia a carta entregue no COPLAD com a reivindicação dos TAEs

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Curitiba, 24 de fevereiro de 2016.

Prezado(a) Conselheiro(a)
Em 2011, durante uma greve difícil e longa, os(as) servidores(as) técnico-administrativos conquistaram o direito de fazer a jornada de 30 horas. Hoje, após quatro anos, muitos setores ainda não efetivaram a adesão a esta jornada, por diferentes motivos, a maior parte deles externa ao desejo dos(as) próprios(as) servidores(as).

Mesmo sem garantir o exercício desta jornada no conjunto da UFPR, a Reitoria da Instituição determinou a instalação do ponto eletrônico a partir de 1º de março de 2016. Lembramos que, durante a greve de 2015, o Reitor assumiu o compromisso de suspender o ponto eletrônico até que os setores finalizassem seus processos.

Diferente de uma empresa, uma Instituição Federal tem o objetivo de servir ao público, visando o acesso da população a direitos básicos como saúde e educação. Nosso trabalho não tem um valor comercial, tão pouco nossa dedicação se resume às horas em que nos fazemos presentes no local de trabalho. Todos os dias, os(as) servidores(as) técnico-administrativos, assim como os docentes, investem sua saúde e habilidades para imprimir qualidade ao serviço prestado pela UFPR.

Quando falamos em universidade pública federal, logo pensamos em uma Instituição capaz de ajudar a sociedade a construir o futuro, e não reproduzir o passado naquilo que consideramos um retrocesso. Por isso a indignação da categoria dos(as) técnicos administrativos quando vê a Administração desta Instituição impor de forma abrupta o ponto eletrônico, sem que esse sequer tenha sido “discutido” com os(as) principais interessados(as): os próprios técnicos administrativos. Mais do que isso, o ponto eletrônico, ao discriminar docentes e técnicos administrativos, reabre um abismo entre as duas categorias.

Considerando que:
– o ponto eletrônico representa um retrocesso para a universidade pública federal e um desrespeito aos(as) servidores(as) técnico-administrativos;
– que o valor da refeição dos(as) servidores(as) no Restaurante Universitário triplicou e que a decisão, também tomada de forma vertical, sequer foi debatida com a categoria técnico-administrativa;
– que o Hospital de Clínicas sofre os efeitos da política privatizante da EBSERH, visível neste momento na falta de condições de trabalho, de materiais básicos que prejudicam diretamente o paciente, interrompem tratamentos e colocam em risco a vida;
– que o assédio moral segue sendo prática frequente nos setores acadêmicos e assistenciais (como o HC);

O SINDITEST-PR, e o conjuntos dos servidores técnico-administrativos solicita o apoio de cada conselheiro(a) às reivindicações da nossa categoria para que amanhã, a UFPR seja uma universidade melhor do que é hoje.

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